// Estar com Deus: SEMANA SANTA

terça-feira, 3 de abril de 2012

SEMANA SANTA

I Leitura - Isaias 49,1-6
Salmo - 71(70)
Evangelho segundo São João 13,21-33.36-38


Tendo Jesus dito isto, turbou-se em espírito, e afirmou, dizendo: Na verdade, na verdade vos digo que um de vós me há-de trair.
Então, os discípulos olhavam uns para os outros, duvidando de quem ele falava.
Ora, um dos seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava reclinado no seio de Jesus.
Então Simão Pedro fez sinal a este, para que perguntasse quem era aquele de quem ele falava.
E, inclinando-se ele sobre o peito de Jesus, disse-lhe: Senhor, quem é?

Jesus respondeu: É aquele a quem eu der o bocado molhado. E, molhando o bocado, o deu a Judas Iscariotes, filho de Simão.
E, após o bocado, entrou nele Satanás. Disse, pois, Jesus: O que fazes, faze-o depressa.
E nenhum dos que estavam assentados à mesa compreendeu a que propósito lhe dissera isto;
Porque, como Judas tinha a bolsa, pensavam alguns que Jesus lhe tinha dito: Compra o que nos é necessário para a festa; ou, que desse alguma coisa aos pobres.
E, tendo Judas tomado o bocado, saiu logo. E era já noite.
Tendo ele, pois, saído, disse Jesus: Agora é glorificado o Filho do homem, e Deus é glorificado nele.
Se Deus é glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e logo o há-de glorificar.
Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, e, como tinha dito aos judeus: para onde eu vou não podeis vós ir, eu vo-lo digo também, agora.

Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, para onde vais? Jesus lhe respondeu: Para onde eu vou, não podes agora seguir-me, mas depois me seguirás.
Disse-lhe Pedro: Por que não posso seguir-te agora? Por ti darei a minha vida.
Respondeu-lhe Jesus: Tu darás a tua vida por mim? Na verdade, na verdade te digo: não cantará o galo, enquanto me não tiveres negado três vezes.

Comentário - José Raimundo Oliva

O evangelho de João apresenta um longo discurso de Jesus, após ter lavado os pés dos discípulos. A sentença de morte contra ele já estava decretada pelo Sinédrio. Agora é um círculo íntimo de Jesus que fará a traição fatal. Jesus ainda acena com um gesto acolhedor dando-lhe um pedaço de pão molhado. É em vão. Judas retira-se. Jesus fala de sua morte como sendo a sua glorificação. Esta glorificação, tema característico do evangelho de João, é um dom de amor de Jesus, até o fim, sem recuar diante das ameaças de morte que pairavam sobre ele. É a manifestação e comunicação de sua divindade  e de sua eternidade, transformando a humanidade. É em comunhão com sua vida e com seu amor que nos tornamos eternos.


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