// Estar com Deus: abril 2010

sexta-feira, 30 de abril de 2010

5º Domingo da Páscoa - ano C

Pessoal, boa tarde.
Mais uma vez, vou postar aqui a mensagem do Sr. Antonio Ribeiro de Castro, Fundador da ComDeus,. A sua mensagem é muito interessante e importante. Boa leitura a todos.


Novo céu e uma nova terra
 
“Eu vos dou um novo mandamento”. Verdadeiramente o Senhor veio para fazer “nova todas às coisas”. Mas no Antigo Testamento aprendemos, em Deuteronômio e Levíticos, e Jesus repete isso em seu confronto com os escribas “Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é este:
Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor; amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito e de todas as tuas forças. Eis aqui o segundo: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Outro mandamento maior do que estes não existe”. É esse mandamento foi o que direcionou a vida do povo de Israel durante todo o Antigo Testamento, mas Jesus antes de partir para o Pai nos Deixou um novo mandamento: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. A exigência do amor de Jesus nos leva ao encontro do outro, quem ama o próximo conseqüentemente ama a Deus, pois Deus é amor. Quem é o meu próximo? Como na parábola do Bom Samaritano, o próximo é aquele que está precisando de meu amor neste momento. E geralmente o amor é exigido em uma situação de desamor, em um problema, em uma situação em que só o amor pode resolver e solucionar um problema. E isso é exigente. Faz com que saiamos de nossa individualidade, vencendo nossas barreiras e limitações para ir ao encontro da necessidade do outro sem esperar nada em troca. É o que Paulo nos coloca na primeira leitura: “... exortavam a permanecerem firmes na fé, dizendo-lhes: ‘É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus’". Esse sofrimento que Paulo coloca é referente à doação incondicional de amar o próximo até a morte, se necessário, e isso, olhando para a vida dele, vemos que em todos os lugares em que foi pregar a Palavra de Deus passava por privações e perseguições, mas nem por isso desistiu de amar o próximo como Jesus amou, e foi até a morte pelo nome de Jesus.
É nesse amor que reconhecerão que somos de Cristo. O mundo esta desfacelado pelo egoísmo, individualismo, hedonismo, materialismo... A fé está em baixa e a adesão a Deus está cada vez mais distante. E por quê? Porque nós, Cristãos, que deveríamos dar testemunho desse amor incondicional ao nosso próximo está raquítica e minguando, e a cada dia vemos menos testemunho nos cristãos: é no meio político, nas empresas – empresários e funcionários, nas escolas – professores e alunos, é no comércio – patrão e empregados... E somos um país cuja maioria é Católica e muito mais ainda se incluirmos todos os cristãos.
Jesus diz: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”. O amor é a solução para todos os problemas, o Senhor nos deixou a regra para conduzirmos nossas vidas e transformar a face da terra.
Assim quando olhamos para a leitura de Apocalipse “Um novo céu e uma nova terra”, ficamos perplexos daquilo que nos espera: "Esta é a morada de Deus entre os homens. Deus vai morar no meio deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles. Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem choro, nem dor, porque passou o que havia antes". Mas quando será isso? Somente no fim. Quem perseverar até o fim verá “um novo céu e uma nova terra”, mas serão aqueles que passaram pela grande tribulação e foram lavados pelo sangue do cordeiro. Serão aqueles que conseguiram amar como o Senhor nos amou, aqueles que seguiram o Mestre, que foram discípulos e fizeram o que o Mestre fez, aprenderam em tudo seguir os passos de seu Mestre ao ponto de se tornarem missionários e formaram outros para viver o amor, formaram uma comunidade de irmãos vivendo o amor, formaram a Igreja e pelo testemunho conquistaram o mundo para Deus.
Nossa?! Isso é utopia ou é uma possibilidade? Tem um ditado que diz: “Quem viver, verá”. De fato somente quem estiver disposto a seguir os passos do Mestre poderão ver e viver as alegrias de um “novo céu e uma nova terra”. Não deixe pra depois, o tempo é curto, a vida passa rápida e logo nós também passamos. Faça um pacto com Deus, de amar e servir o seu próximo, independente de quem seja até dar a vida, se necessário for, e o prêmio você já sabe: “Deus vai morar no meio deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles”. Ver a Deus face a face. Hoje vemos na fé, mas esta vai passar e veremos nosso criador tal como Ele é. Será a alegria eterna... Pense nisso, vale a pena!

Para meditarmos.

Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes.
A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa.

O filho e a nora irritaram-se com a  bagunça.

- "Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai", disse o filho.
- “Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a” boca aberta e comida pelo chão."

Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha.
Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação. Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira.
Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos.
Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou  comida cair ao  chão.
O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio. Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava  no chão, manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança:

"O que você está fazendo?"
O menino respondeu docemente:
"Oh, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer." O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho.

Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.
Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família. Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as refeições com a família.
E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, leite era derramado ou a toalha da mesa sujava.

Deste trecho, podemos aprender de uma forma positiva, que não importa o que aconteça, ou quão ruim pareça o dia de hoje, a vida continua, e amanhã será melhor.
Aprendemos que se pode conhecer bem uma pessoa, pela forma como ela lida com três coisas: um dia chuvoso, uma bagagem perdida e os fios das luzes de uma árvore de natal que se embaraçaram.
Aprendemos que, não importa o tipo de relacionamento que tenha com seus  pais, você sentirá falta deles quando partirem.
Aprendemos que "saber ganhar" a vida não é a mesma coisa que "saber viver". A vida às vezes nos dá uma segunda chance.
Viver não é só receber, é também dar. Se você procurar a  felicidade, vai se iludir. Mas, se focalizar a atenção na família, nos amigos, nas necessidades dos outros, no trabalho e procurar fazer o melhor, a felicidade vai encontrá-lo.
Sempre devemos decidir algo com o coração aberto, pois geralmente acertaremos.
Quando sentirmos dores, não precisamos ser dor para outros. Diariamente precisamos alcançar e tocar alguém.
As pessoas gostam de um toque humano - segurar na mão, receber um abraço afetuoso, ou simplesmente um tapinha amigável nas costas.
Aprendemos que ainda temos muito que aprender.

As pessoas se esquecerão do que você disse...
Mas nunca esquecerão como você as tratou. 
Tenham uma boa tarde.

Leitura - 5º Domingo da Páscoa - ano C

Segue a Leitura Liturgica para o 5º Domingo da Páscoa - ano C

1ª LEITURA - At 14,21b-27

Leitura dos Atos dos Apóstolos:

Naqueles dias, Paulo e Barnabé voltaram para as cidades de Listra, Icônio e Antioquia. Encorajando os discípulos, eles os exortavam a permanecerem firmes na fé, dizendo-lhes: "É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus".

Os apóstolos designaram presbíteros para cada comunidade. Com orações e jejuns, eles os confiavam ao Senhor, em quem haviam acreditado.

Em seguida, atravessando a Pisídia, chegaram à Panfília. Anunciaram a palavra em Perge, e depois desceram para Atália. Dali embarcaram para Antioquia, de onde tinham saído, entregues à graça de Deus, para o trabalho que haviam realizado.

Chegando ali, reuniram a comunidade. Contaram-lhe tudo o que Deus fizera por meio deles e como havia aberto a porta da fé para os pagãos.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus!

SALMO RESPONSORIAL - Sl 144

Bendirei o vosso nome, ó meu Deus, meu Senhor e meu Rei para sempre.

Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura.

Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!

Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração.

2ª LEITURA - Ap 21,1-5a

Leitura do Livro do Apocalipse de São João:

Eu, João, vi um novo céu e uma nova terra. Pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, vestida qual esposa enfeitada para o seu marido.

Então, ouvi uma voz forte que saía do trono e dizia: "Esta é a morada de Deus entre os homens. Deus vai morar no meio deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles. Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem choro, nem dor, porque passou o que havia antes".

Aquele que está sentado no trono disse: "Eis que faço novas todas as coisas".

Depois, ele me disse: "Escreve, porque estas palavras são dignas de fé e verdadeiras".

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus!

EVANGELHO - Jo 13,31-33a.34-35

Anúncio do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João:

Depois que Judas saiu do cenáculo, disse Jesus: "Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo.

Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros".

- Palavra da Salvação.

- Glória a vós, Senhor!

terça-feira, 20 de abril de 2010

A Igreja Primitiva era Católica ou Protestante?

Boa Noite.

Na área de Apologética, aqui está um assunto muito interessante e postado no site VS (Veritatis Esplendor) - www.veritatis.com.br , de autoria de Alessandro Lima e Alexandre Semedo.


Vejam o texto.

É interessante notar como o Protestantismo alega ser o retorno às origens da fé, ao Verdadeiro Cristianismo, enfim o verdadeiro confessor da fé legítima dos Primeiros séculos. Aliás, diga-se de passagem, se existe uma constante entre as religiões não-católicas é a chamada "teoria do resgate". A imensa maioria delas (a quase totalidade) afirma que o cristianismo primitivo foi puro e limpo de todo erro, mas que, com o tempo, os homens acabaram por perverter a verdade cristã, amontoando sobre ela uma enormidade de enganos.

O verdadeiro cristão, sob este prisma, seria aquele que, superando tais enganos, redescobre o "verdadeiro cristianismo', com toda a sua pureza e singeleza.

Para estas religiões, o responsável pelos erros que se acumularam no decorrer dos séculos é, quase sempre, o catolicismo. Já a religião que "resgatou a verdade" varia de acordo com o gosto do freguês: luteranismo, calvinismo, pentecostalismo, espiritismo, etc.

De uma certa forma, mesmo as religiões esotéricas, a Teologia da Libertação, a maçonaria e (pasmen!) o próprio islamismo bebe desta "teoria do resgate".

O motivo do universal acatamento desta "teoria" é o fato de que, para o homem, é muito difícil, diante dos ensinamentos de Jesus Cristo, e da santidade fulgurante dos primeiros cristãos, negar, seja a validade daqueles ensinamentos, seja a beleza desta santidade. Portanto, as pessoas precisam acreditar que, de uma certa forma, se vinculam a Jesus Cristo e às primeiras comunidades cristãs, ainda que não diretamente.

Mas igualmente, é muito difícil para o orgulho humano aceitar que este genuíno cristianismo existe, intocado, dentro do catolicismo. Aceitá-lo, para todos os grupos não católicos, seria aceitar que estão errados e que, muitas vezes, combateram contra o verdadeiro cristianismo. Desta forma, a "teoria do resgate" é a maneira mais fácil para que um não-católico possa considerar-se um "verdadeiro discípulo de Cristo" sem ter que reconhecer os erros e heresias que professa.

O problema básico de todos estes grupos é que existem inúmeros escritos dos cristãos primitivos e, por meio de tais escritos é que alguém, afinal de contas, pode saber em que criam e em que não criam os cristãos primitivos. E estes escritos são uma devastadora bomba a implodir todos os grupos que ousaram a se afastar da barca de Pedro. Eles solenemente atestam que o cristianismo primitivo permanece intacto dentro do catolicismo. Assim (ironia das ironias), os adeptos da "teoria do resgate", freqüentemente, para defender o que julgam ser a fé dos cristãos primitivos, são obrigados a desconsiderar todo o legado destes primitivos cristãos.

O protestantismo é o mais solene exemplo de tudo o quanto acima dissemos.

Em nosso artigo "Como o protestantismo pode ser um retorno às origens da fé?", já expusemos como o protestantismo não confessa a fé que os primeiros cristãos confessaram, fé esta que receberam dos Santos Apóstolos. Quem estuda com seriedade as origens da fé e a história da Igreja, insistimos, sabe que a tão referida Igreja Primitiva, é na verdade a Igreja Católica dos primeiros séculos.

Neste presente artigo, gostaríamos de lançar a seguinte pergunta: teria sido o cristianismo primitivo uma união de confissões protestantes ou uma única confissão católica?

Sabemos que o Protestantismo ensina que todos os crentes em Jesus formam a Igreja de Cristo. Desta forma, não interessa se o crente é da Assembléia de Deus, se é Luterano e etc; são crentes em Jesus e fazem parte da Igreja Invisível de Cristo, mesmo confessando doutrinas diferentes. Curiosamente (e este é um paradoxo insuperável desta "eclesiologia" chã e rastaqüera), apenas os católicos é que não fazem parte deste "corpo invisível", ainda que confessemos que Jesus Cristo é o Senhor do Universo.

O protestantismo, como percebe o leitor, é algo bastante curioso...

Aqui é importante que o leitor não confunda doutrina com disciplina. O fato de na Assembléia de Deus os homens sentarem em lugar distinto das mulheres em suas assembléias, e o fato dos Luteranos não adotarem esta prática, não é divergência de doutrina entre estas confissões, mas de disciplina. A divergência de doutrina nota-se pelo fato dos primeiros não aceitarem o batismo infantil e os segundos aceitarem. Isto é para citar um exemplo.

A doutrina é a Verdade Revelada, é o núcleo da fé, é o que nunca pode mudar. A disciplina é a forma como a doutrina é vivida, e é o que pode mudar, desde que não fira a doutrina.

Uma análise completa de como seria o passado do Cristianismo se ele tivesse sido protestante exigiria a escrita de um livro. Então, neste artigo vamos apenas verificar a questão das resoluções tomadas pela Igreja Primitiva a fim de combater o erro, isto é, as heresias.

Ao longo da história, a Igreja se deparou com sérios problemas doutrinários. Muitos cristãos confessavam algo que não estava de acordo com a fé recebida pelos apóstolos.

A primeira heresia que a Igreja teve que combater a fim de conservar a reta fé foi a heresia judaizante.

Os primeiros convertidos á fé Cristã eram Judeus, que criam que a observância da Lei era necessária para a Salvação. Quando os gentios (pagãos) se convertiam a Cristo, eram constrangidos por estes cristãos-judeus a observarem a Lei de Moisés. Os apóstolos se reúnem em Concílio para decidir o que deveria ser feito sobre esta questão.

Em At 15, o NT dá testemunho que os apóstolos acordaram que a Lei não deveria ser mais observada. E escreveram um decreto obrigando toda a Igreja a observar as disposições do Concílio.

Veja-se este Concílio de uma maneira mais pormenorizada. Haviam dois lados muito bem definidos em disputa, cada qual contando com um líder de enorme expressão. O primeiro destes lados era o já citado "partido dos judaizantes",  que tinha, como sua cabeça, ninguém menos do que São Tiago, primo de Jesus Cristo e a quem foi dado o privilégio de ser Bispo da Igreja Mãe de Jerusalém. Contrário a este partido, havia o que advogava que, ao cristão, não se poderia impor a Lei de Moisés, visto que o sacrifício de Jesus Cristo era suficiente e bastante para a salvação de quem crê. Como cabeça deste grupo, estava São Paulo, o mais influente apóstolo de então, a quem Deus havia dado o privilégio de "visitar o terceiro céu", e de conhecer coisas que, a nenhum outro ser humano, foi dado conhecer.

Dois grupos muito fortes, com líderes extremamente influentes. Realiza-se o Concílio num clima de muita discussão. Estavam em jogo a ortodoxia e a salvação da alma de todos nós. No concílio, foram estabelecidas duas coisas muito importantes, de naturezas diversas.

Em primeiro lugar, São Pedro afirmou que os cristãos não estavam obrigados à observância da lei, definindo um ponto de doutrina imutável e observado por todos os cristãos até hoje (At 15, 7-8). Aliás, a liberdade cristã, vitoriosa neste Concílio, é o ponto de partida de toda a  teologia protestante. Não deixa de ser curioso o fato de que este núcleo teológico acatado por todos eles foi definido, solenemente, pelo primeiro Papa, muito embora eles afirmem que o Papa não tem poder para definir coisa alguma...

Pouco depois, São Tiago sugeriu, juntamente com a proibição de uniões ilegítimas, a adoção de normas pastorais (a saber: a abstinência de carne imolada aos ídolos, e de tudo o que por eles estivesse contaminado),o que foi aceito por todos e imposto aos cristãos. Tais normas, hoje não são seguidas. Por que? Nós católicos temos o argumento de que tais normas eram disciplinares e não doutrinárias, e que a Igreja Católica que foi a Igreja de ontem com o tempo as revogou; assim como uma mãe que aplica normas disciplinares a um filho quando é criança e não as utiliza mais quando o filho se torna um adulto.

E qual o argumento dos protestantes por não observarem tais normas. Não deixa de ser curioso o fato de que não existe uma revogação bíblica destas normas, e, portanto, os protestantes (adeptos da ?sola scriptura?) deveriam observá-las. No entanto, não as observam. Revogaram-nas por conta própria. E, ainda por cima, nos acusam de "doutrinas antibíblicas"...

Nada mais antibíblico, dentro do tenebroso mundo da ?sola scriptura", do que não seguir as normas de At 15, 19-21...

Bem, prossigamos. Este Concílio, portanto, foi exemplar por três motivos:

a) narra uma intervenção solene de São Pedro, acatada por todos e obedecida até pelos protestantes hodiernos, ilustrando a infalibilidade papal;
b) narra a instituição de uma norma de fé por todo o concílio (qual seja: a abstenção de uniões ilegítimas), igualmente seguida por todos até hoje, o que ilustra a infalibilidade conciliar;
c) narra a instituição de normas pastorais, que se impuseram aos cristãos e que deixaram, com o tempo de serem seguidas, muito embora constem da Bíblia sem jamais terem sido, biblicamente, revogadas (o que, por óbvio, não cabe dentro do "sola scriptura").

Ao fim do Concílio, portanto, e de uma certa forma, os dois lados estavam profundamente desgostosos. Em primeiro lugar, o grupo dos judaizantes teve que aceitar a tese de São Paulo como sendo ortodoxa. Afinal, São Pedro em pessoa o afirmara e, diante das palavras dele, a opinião de São Tiago não tinha lá grande importância. Como católicos que eram, curvaram-se, assim como o próprio São Tiago se curvou.

Imaginemos se fossem protestantes. Afirmariam que não há base escriturística para a afirmação de São Pedro. Que, sem versículos bíblicos (do cânon de Jerusalém, ainda por cima!), não acatariam aquela solene definição dogmática. Que São Pedro, sendo uma mera "pedrinha", não tinha poder de ligar e de desligar coisa nenhuma, muito embora Jesus houvesse dito que ele o tinha. Afirmariam, ainda, que todos os cristãos são iguais, e que, portanto, São Tiago era tão confiável quanto São Pedro, pelo que a palavra deste não poderia prevalecer sobre a daquele, principalmente quando todas as Escrituras diziam o contrário.

Por fim, criariam uma nova Igreja. A Igreja do Apóstolo Tiago, verdadeiramente cristã, alheia aos erros do papado desde o princípio.

Imaginemos, agora, o lado dos discípulos de São Paulo. É verdade que sua tese saiu vitoriosa do Concílio, mas, em compensação, tiveram que acatar as normas pastorais de cunho nitidamente judaizante. Como bons católicos que eram, entenderam que a Igreja foi constituída pastora de nossas almas e que, portanto, tais normas eram de cumprimento obrigatório.

Imaginemos, agora, se fossem protestantes. Afirmariam que São Paulo teve uma "experiência pessoal" com Jesus e que, nesta experiência, o Senhor lhe dissera que ninguém deveria se preocupar com o que come ou com o que bebe.  Além disto, a experiência cristã é, eminentemente, espiritual e não pode sem conspurcada ou auxiliada por coisas tão baixas como a matéria (muitos protestantes, na mais pura linha gnóstica, têm horror a tudo o que é material). Portanto, este Concílio estava negando a verdade cristã, pelo que não se sentiriam obrigados a coisa alguma nele definida.

Acabariam, finalmente, fundando uma nova Igreja. A "Igreja Em Cristo, Somos Mais do que Livres", ou "Igreja Deus é Liberdade."

Este foi o primeiro concílio da Igreja. Realizado por volta do ano 59 d.C., e narrado na Bíblia. Portanto, é "cristianismo primitivo" para protestante nenhum botar defeito!

Neste ponto, perguntamos: os protestantes realizam concílios para resolverem divergências doutrinárias? Sabemos que não. Então, como os protestantes podem avocar um pretenso retorno ao "cristianismo primitivo" se não resolvem suas pendências como os primitivos cristãos? Somente por aí já se percebe que a "teoria do resgate" não passa de uma desculpa de quem, orgulhosamente, não quer aderir à Verdade.

Portanto, se a Igreja Primitiva tivesse sido protestante, como defendem alguns, este concílio não se realizaria. Primeiro que não se incomodariam se alguns cristãos confessam algo diferente, pois para os protestantes, o que importa é a fé em Cristo. A doutrina não importa, o que importa é a fé. Se você tem fé e foi batizado está salvo. Não é assim no protestantismo?

Em segundo lugar, supondo a realização do concílio, como já se viu acima, nem os cristãos judaizantes nem os discípulos de São Paulo não adotariam as disposições do Concílio em sua inteireza. E então não haveria de forma alguma uma só fé na Igreja.

Verificamos que então que a fé primitiva não era protestante, era católica; por isto eles sabiam que deveriam obedecer a Igreja pois criam que Cristo a fundou para os guiar na Verdade (cf. 1Tm 3,15), assim como nós católicos cremos. Tanto é assim que, nos séculos que se seguiram, os "cristãos primitivos" continuaram resolvendo suas pendências doutrinárias segundo o modelo de At 15. Concílios ecumênicos e regionais se sucederam por toda a história da cristandade, sempre acatados e respeitados. Alguns deles (vá entender!) são acatados e respeitados até pelos protestantes.

Depois da heresia judaizante, a ortodoxia (reta doutirna) cristã teve que combater as seguintes heresias: gnosticismo, montanismo, sabelianismo, arianismo, pelagianismo, nestorianismo, monifisismo, iconoclatismo, catarismo, etc. Para saber mais sobre estas heresias ler artigo "Grandes Heresias". Este mesmo artigo nos mostra como muitas destas heresias se revitalizaram nas seitas protestantes, que, assim, embora aleguem um retorno ao "crsitianismo primitivo", acabam por encampar doutrinas anematizadas por estes mesmos cristãos primitivos.

Como costumamos dizer, a coerência não é o forte do protestantismo...

O fato é que graças á realização dos Concílios Ecumênicos ou Regionais, graças aos decretos Papais, e à submissão dos primeiros cristãos aos ensinamentos do Magistério da Igreja, é que foi possível que houvesse uma só fé na Igreja antes do século XVI (antes da Reforma). Foi pelo fato da Igreja antiga ser Católica, que as palavras de São Paulo ("uma só fé" cf. Ef 4,5) puderam se cumprir.

Se a Igreja Antiga fosse protestante, simplesmente, o combate às heresias não teria acontecido, e com toda certeza nem saberíamos no que crer hoje. O mundo protestante só não e mais confuso porque recebeu da Igreja Católica a base de sua teologia.

Como ensinou São Paulo: "A Igreja é a Coluna e o Fundamento da Verdade" (cf. 1Tm 3,15). Foi assim para os primeiros cristãos e assim continua para nós católicos.

Assim como no passado, continuamos obedecendo aos apóstolos (hoje são os bispos da Igreja, legítimos sucessores dos apóstolos) pois continuamos crendo que Jesus fundou sua Igreja nos ensinar a Verdade através dela.

Se isto foi verdade no passado, necessariamente é verdade agora e continuará sendo sempre.

Estude as origens da fé, procure saber sobre os Escritos patrísticos e descubra a Verdade, assim como nós do Veritatis Splendor, que somos ex-protestantes (em sua maioria) descobrimos.

Não rotulem, conheçam.

"Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará".

Crime sem castigo: A educação sexual e seus frutos

Crime sem castigo: A educação sexual e seus frutos

Julio Severo
Causa: Governo inglês impõe educação sexual nas escolas. A mentalidade estatal crê que crianças devem aprender sobre sexo o mais cedo possível.
Consequência: Menina de 6 anos um dia consegue desabafar para a mãe que estava sendo diariamente estuprada por seus amiguinhos de escola.

A mãe da menina declarou para o jornal SkyNet:
Ela me disse coisas que penso toda mãe tem medo de ouvir da própria filha. Foi horroroso o que ela passou.
Todo dia tiravam a roupa dela. Todo dia cometiam abusos sexuais e físicos com ela. E todo dia ela chorava pedindo socorro [na escola] e ninguém jamais aparecia.
Penso que não dá para desculpar isso. Como é que dá par dizer que tudo está bem e ninguém tem de prestar contas de nada?
O jornal então conclui:
Uma investigação oficial do abuso aceitou o fato de que uma conduta sexualmente prejudicial realmente ocorreu, mas concluiu que não dá para se tomar nenhuma medida com os responsáveis, pois são jovens demais.
Ninguém tem a menor dúvida de que um crime muito sério foi cometido. Mas ninguém vai ser condenado — nem mesmo o Estado, que estimula as crianças ao sexo, e depois com a maior cara de pau lava as mãos diante das conseqüências.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Globo sai em defesa do PLC 122

Globo sai em defesa do PLC 122

Propaganda jornalística da Globo martela, de novo, lei anti-“homofobia” como proteção aos homossexuais

Julio Severo
No dia 15 de abril, o Jornal Hoje tocou no assunto do PLC 122, na tentativa de dar uma mão (ou pata) para a ditatorial lei anti-“homofobia” passar.
O jornalismo da Globo, numa verdadeira atitude de preconceito, arrogância e discriminação contra os fatos, apresentou o PLC 122 apenas como uma lei que protege os homossexuais contra o preconceito, frisando o tempo inteiro o PLC 122 apenas como uma lei supostamente benigna que combate crimes contra os homossexuais.
Em nenhum momento, a Globo revelou o fato de que o PLC 122 é uma grave ameaça aos cidadãos brasileiros, instituindo pela primeira vez na História do Brasil o delito de opinião, tornando crime a expressão de toda e qualquer opinião moral, filosófica, científica ou religiosa contrária ao homossexualismo.
Para assistir ao vídeo inédito preparado pelo Blog Julio Severo expondo o jornalismo tendencioso da Globo, siga este link: http://www.youtube.com/watch?v=tO5-fSh0Mog
O que a Globo fez é perfeitamente natural. Para quem há anos defende o adultério, a prostituição (todo relacionamento sexual fora da aliança conjugal), o homossexualismo, a bruxaria e outras perversões em sua programação, seria de surpreender ver a Globo agora fazendo um “jornalismo imparcial” sobre o PLC 122?
A Globo já está fazendo sua parte para aprovar o PLC 122.
Faça agora a sua parte para enfraquecer a propaganda global que defende a ditadura gay mascarada de lei de “proteção aos homossexuais”.
Escreva agora mesmo aos senadores pedindo a rejeição do PLC 122/2006, o projeto da ditadura gay. Para ver a lista completa de emails dos senadores, siga este link: http://juliosevero.blogspot.com/2009/04/cientista-medica-escreve-aos-senadores.html
Ligue agora mesmo aos senadores pedindo a rejeição do PLC 122/2006, o projeto da ditadura gay, pelo telefone gratuito do Senado: 0800-612211
Divulgue esta mensagem para todos os seus amigos, especialmente aos pastores, padres e outros líderes.
E persista na rejeição da ditadura gay. Periodicamente, mande emails ao seu senador
“Ditadura gay às portas do Brasil” neste link: http://juliosevero.blogspot.com/2009/03/plc-122-ditadura-gay-as-portas-do.html
Para ler muitos artigos sobre o PLC 122, siga este link: http://juliosevero.blogspot.com/search?q=122
Para ler sobre a TV Globo e sua promoção da agenda homossexual:

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Oração pela Manhã

Pessoal Boa Tarde.
Estou publicando hoje, esta oração elaborada pelo grande amigo Michael, meu Colega no Instituto de Teologia Paulo VI.

Senhor, no princípio deste dia que amanhece, venho pedir-te a paz, sabedoria, a força. Quero olhar o mundo com olhos cheios de amor, ser paciente, compreensivo, manso e prudente; ver teus filhos e os meus irmãos, além das aparências, como tu mesmo os vês, e assim só ver o bem em cada um.
Fecha meus ouvidos e toda calúnia.
Guarda minha língua de toda maldade.
Que só de bêncão se encha o meu espírito.
Que eu seja tão bondoso e alegre, que os que se aproximarem de mim sintam a tua presença.
Reveste-me de tua beleza, Senhor, e que, no decurso deste dia, eu te revele a todos.
Amém.

Que todos tenham um bom final de Dia.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Bom pastor (Salmo 23 de Davi)


Dentre todos, quem já não ouviu falar no famoso Salmo de Davi chamado O Bom Pastor?
Salmo este, que demonstra a Solicitude divina para com os justos, descrita com a dupla imagem do pastor (versos 1-4) e do hospedeiro que oferece o Festim messiânico (versos 5-6). Este Salmo é tradicionalmente aplicado à vida sacramental, especialmente ao Batismo e à Eucaristia.
Mais informações sobre este Salmo voce pode encontrar neste link:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Salmo_23

Ele é o Salmo 23 que se segue:
Iahweh é meu pastor, nada me falta.
Em verdes pastagens me faz repousar.
Para as águas tranqüilas me conduz e restaura minhas forças;
ele me guia por caminhos justos, por causa do seu nome.
Ainda que eu caminhe por vale tenebroso nenhum mal temerei, pois estás junto a mim;
teu bastão e teu cajado me deixam tranqüilo.
Diante de mim preparas a mesa, à frente dos meus opressores; unges minha cabeça com óleo, e minha taça transborda.
Sim, felicidade e amor me seguirão todos os dias da minha vida; minha morada é a casa de Iahweh por dias sem fim.

Até ai tudo bem, conseguimos observar que se trata de um Salmo bonito, profundo, que demonstra que nosso Pai estará sempre presente ao nosso lado, nos ajudando e nos fortalecendo a cada dia de nossas vidas.
Mas como passamos isto para o nosso dia a dia? Como colocamos isto em prática?
Leiam o trecho abaixo:
Existe uma história que conta que uma senhora idosa saiu de sua cidade natal, em um navio, para visitar uma filha que morava em outra cidade próxima. Durante o percurso, uma forte tempestade os atingiu e muitos passageiros, temendo a morte, se reuniram em oração.
Apenas a senhora idosa parecia indiferente à situação quando se assentou para orar junto aos demais. Depois que a tempestade passou, alguns dos passageiros estavam ávidos por saber o segredo de sua tranqüilidade. Eles se colocaram ao redor dela e lhe perguntaram a razão de tão grande calma. "Bem, meus amigos queridos", ela respondeu, "É muito simples. Eu tenho duas filhas. Uma está morta e mora no céu. A outra vive numa cidade próxima, que estou indo para vê-la. Quando a tempestade surgiu, eu me perguntei qual delas eu poderia visitar primeiro? A que está na cidade ou a que está no céu. Neste impasse, eu acabei deixando isto por conta do Senhor.

Depois deste conto, eu posso perguntar:
Até que ponto mantemos a nossa tranqüilidade diante das circunstâncias difíceis que enfrentamos neste mundo?
Conseguimos dominar as nossas ansiedades, aguardando com alegria e paciência as orientações do Senhor, aceitando suas decisões e o que de melhor poderia acontecer em nossas vidas ou ainda nos mostramos apressados, buscando nossa própria vontade, nosso individualismo próprio, o toma lá da cá, mesmo que venhamos a nos arrepender por atitudes equivocadas?
Nosso coração confia realmente em Cristo como Senhor de nossas vidas?
Como filhos de Deus, procuramos obedecer e nos confortar na sua palavra ou a buscamos apenas quando estamos em apuros e precisando de algo urgente, imediatista?
Quando o Senhor está em nosso coração, quando de fato ele anda conosco porque confiamos nele, experimentamos calma nas horas boas e más.
Deus é Conosco! Qual o pai que abandonaria o Seu filho?
Esta é a grande diferença.
Se confiarmos sempre no Pai, todas as coisas boas ao seu tempo, nos serão dadas.
Uma boa tarde a todos e que Deus os Abençoe.

domingo, 11 de abril de 2010

Casal brasileiro recebe condenação criminal por educar filhos em casa

Prestem atenção nesta mensagem, retirada do blog do Júlio Severo, ao qual eu sigo na rede. Fiquei apavorado com a sentença Brasileira, e dou todo o meu apoio ao casal.

Veredicto dado apesar de que os filhos passaram em provas de admissão para faculdade de direito — com as idades de 13 e 14

Matthew Cullinan Hoffman, correspondente na América Latina
MINAS GERAIS, Brasil, 26 de março de 2010 (Notícias Pró-Família) — Apesar do fato de que seus filhos passaram difíceis provas impostas pelo governo, e até se mostraram qualificados para a faculdade de direito com as idades de 13 e 14, Cleber Nunes e sua esposa Bernadeth, que educam os filhos em casa, levaram uma bofetada de multas equivalentes a um total de 3.200 por recusarem submeter seus filhos ao sistema escolar brasileiro.
Contudo, Nunes disse para LifeSiteNews.com (LSN) que ele não tem intenção de pagar a multa, embora diga que poderia ter de passar de 15 a 30 dias na cadeia se não pagar.
Embora a educação escolar em casa seja comum em muitos países, inclusive nos Estados Unidos, e esteja associada a níveis mais elevados de realização acadêmica, é completamente proibida no Brasil, onde o governo se tornou cada vez mais intrusivo em recentes décadas depois do estabelecimento de um regime socialista na década de 1990.
Desde que Nunes começou a educar em casa seus dois filhos mais velhos há quatro anos, sua família vem sendo submetida a freqüentes ameaças de multas, prisão e perda de custódia. No entanto, ele vem resistindo com firmeza e seu caso ganhou atenção nacional.
O veredicto de culpado no caso criminal contra Nunes, que vem depois de dois veredictos negativos num caso civil paralelo que terminou há um ano, foi dado apesar do fato de que David e Jonatas Nunes haviam passado uma difícil bateria de provas impostas pelo tribunal criminal.
“Eles haviam pedido que os meninos fizessem as provas para avaliar o nível de conhecimento deles, e também testes psicológicos para avaliar a saúde mental deles”, Nunes disse para LifeSiteNews (LSN). “Parece que o único resultado válido que eles esperavam era o fracasso dos meninos”.
As provas impostas pelo tribunal nos filhos de Nunes foram tão difíceis que uma das professoras que as haviam elaborado confessou que ela mesma não conseguiria passá-las. Contudo, David e Jonatas Nunes passaram nos exames por diferenças de cinco e oito pontos percentuais.
Apesar do desempenho de seus filhos, porém, o governo de novo deu decisão contra Nunes, desta vez em tribunal criminal, e ordenou uma multa. A quantia total em multas que Nunes está devendo como conseqüência das decisões contra ele se acumularam em mais de $3,200 em dólares americanos.
“Se eles impõem provas significa que se deve considerar duas possibilidades. Eles poderiam estar sofrendo de abandono intelectual ou não”, Nunes disse para LSN. “Em outras palavras, eles estavam tentando provar que [meus filhos] eram vítimas. Mas eles foram aprovados. Mesmo assim, o governo continuou dizendo que somos criminosos”.
Nunes diz que apesar de seu sucesso, o juiz decidiu contra ele por causa de seu estilo de educação escolar em casa, no qual os filhos dirigem seu próprio aprendizado, enquanto Nunes supervisiona o processo.
“O juiz disse que deixamos nossos filhos aprendendo sozinhos”, disse Nunes. “Ele reconheceu que eles passaram no exame de admissão da universidade e nas provas, mas ele disse que foi por causa dos próprios esforços deles”, acrescentou ele, chamando isso uma “piada”.
“Eles querem assumir o controle deles, de suas mentes”.
Nunes diz que decidiu não recorrer da decisão, pois o Supremo Tribunal Federal já recusou ouvir o apelo de seu caso civil. Embora ele tenha pago a multa de sua esposa para poupá-la da prisão, ele diz que não pagará sua própria multa.
“A coisa natural é recorrer, mas não confio nos juízes do Brasil”, Nunes disse para LSN. “Eles já mostraram quem são e o que querem. Eles não estão interessados em proteger nossas crianças… Eles querem assumir o controle delas, de suas mentes, eles as querem fora de casa”.
Embora tenha recusado acatar as decisões contra si, Nunes atualmente não enfrenta mais dificuldades legais devido à educação escolar de David e Jonatas, pois eles estão agora além da idade de escolarização compulsória.
Contudo, sua filha logo poderá ser submetida à escolarização compulsória no Brasil. Ela logo fará quatro anos, idade em que a escolarização compulsória começa no Brasil.
Informações de contato:
Cleber Nunes pode ser contatado em: cleber@andradenunes.org
Cobertura anterior de LifeSiteNews:
Confronto contra a educação escolar em casa: crianças deverão ser testadas por tribunal em batalha sobre os direitos educacionais dos pais
Shock: Brazilian Homeschooling Parents Face Arrest Even after Early-Teen Sons Pass Law School Exams
Family appeals case to Brazilian Supreme Court
Apesar de evidência de sucesso, tribunal condena família que educa filhos em casa
Adolescentes que estudam em casa alcançam vitória surpresa em confronto com o governo
Casal que ensina em casa poderá ser preso se seus filhos falharem em duros testes governamentais
Confronto contra a educação escolar em casa: crianças deverão ser testadas por tribunal em batalha sobre os direitos educacionais dos pais
Governo brasileiro entra com ações criminais contra família que educa em casa e ameaça tomar os filhos
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/mar/10032601.html
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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Tudo para a Glória de DEUS

"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus" (1 Coríntios 10:31).

Perguntaram, certa vez, a Leonard Bernstein, famoso maestro da Orquestra Filarmônica de Nova Iorque, qual o instrumento mais difícil de ser tocado. Ele pensou por alguns instantes e, então, respondeu: "O segundo violino. Eu posso conseguir muitos instrumentistas para tocar o primeiro violino, mas,achar alguém para tocar o segundo violino, com entusiasmo, é um problema. E se nós não tivermos nenhum segundo violino,
nós não teremos nenhuma harmonia."

Muitos de nós buscamos a notoriedade de estar sempre em destaque. Queremos ser os primeiros, estar na frente, ganhar aplausos e congratulações. Ser o vice, o segundo, alguém que fica na retaguarda, está fora de nossos planos. Ou somos o líder ou não queremos mais nada.
 
Mas, estamos agindo corretamente pensando desta forma? Não poderíamos ser úteis em uma posição menos destacada? Uma equipe não existe apenas com o líder. Ela é composta de várias pessoas e todas são importantes para o êxito de todo projeto. Somos importantes em qualquer lugar onde estejamos, desde que executemos o que nos cabe com dedicação e entusiasmo.
 
O melhor lugar para nós nem sempre é o da liderança, mas, o lugar em que o Senhor nos coloca. Em uma empresa, tanto o gerente, como o chefe de seção, como a pessoa que cuida da limpeza, todos são importantes para que tudo vá bem. A empresa precisa de todos, desde o maior até o menor, e da mesma forma a obra do Senhor. Os padres, diáconos, e líderes são importantes, os evangelistas também, os professores são fundamentais, e cada membro, individualmente, tem sua participação especial na tarefa deixada pelo Senhor Jesus para Sua igreja.

Se você está em um posto, tanto no emprego como na igreja, que julga inferior, não murmure. Diga a Deus que você trabalhará e dará o melhor de si e que tudo fará para que o nome do Senhor seja engrandecido. Agradeça a Deus pelo privilégio de fazer alguma coisa e, esteja certo, você será muito feliz.
 
Tudo o que fazemos, em qualquer lugar, deve ser para a glória de Deus.

E ainda continuamos a Julgar.

Havia numa aldeia um velho muito pobre, mas até reis o invejavam, pois ele tinha um lindo cavalo branco...
Reis ofereciam quantias fabulosas pelo cavalo, mas o homem dizia:


- Este cavalo não é um cavalo para mim, é uma pessoa. E como se pode vender uma pessoa, um amigo? 


O homem era pobre, mas jamais vendeu o cavalo. Numa manhã, descobriu que o cavalo não estava na cocheira. A aldeia inteira se reuniu, e disseram:

- Seu velho estúpido! Sabíamos que um dia o cavalo seria roubado. Teria sido melhor vendê-lo. Que desgraça.

O velho disse:

- Não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não está na cocheira. Este é o fato, o resto é julgamento. Se se trata de uma desgraça ou de uma benção, não sei, porque este é apenas um julgamento. Quem pode saber o que vai se seguir?

As pessoas riram do velho. Elas sempre souberam que ele era um pouco louco. Mas, quinze dias depois, de repente, numa noite, o cavalo voltou. Ele não havia sido roubado, ele havia fugido para a floresta. E não apenas isso, ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo.

Novamente, as pessoas se reuniram e disseram:

- Velho você estava certo. Não se trata de uma desgraça, na verdade provou ser uma benção.

O velho disse:

- Vocês estão se adiantando mais uma vez. Apenas digam que o cavalo está de volta...Quem sabe se é uma benção ou não? Este é apenas um fragmento. Você lê uma única palavra de uma sentença - como pode julgar todo o livro?

Desta vez, as pessoas não podiam dizer muito, mas interiormente sabiam que ele estava errado. Doze lindos cavalos tinham vindo...

O velho tinha um único filho, que começou a treinar os cavalos selvagens. Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um cavalo e fraturou as pernas. As pessoas se reuniram e, mais uma vez, julgaram. Elas disseram:

- Você tinha razão novamente. Foi uma desgraça. Seu único filho perdeu o uso das pernas, e na sua velhice ele era seu único amparo. Agora você está mais pobre do que nunca. O velho disse:

- Vocês estão obcecados por julgamento. Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe se isso é uma desgraça ou uma benção. A vida vem em fragmentos, mais que isso nunca é dado.

Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra, e todos os jovens da aldeia foram forçados a se alistar.

Somente o filho do velho foi deixado para trás, pois se recuperava das fraturas. A cidade inteira estava chorando, lamentando-se porque aquela era uma luta perdida e sabiam que a maior parte dos jovens jamais voltaria.

Eles vieram até o velho e disseram:

- Você tinha razão, velho - aquilo se revelou uma benção. Seu filho pode estar aleijado, mas ainda está com você. Nossos filhos foram-se para sempre. O velho disse:

- Vocês continuam julgando. Ninguém sabe! Digam apenas que seus filhos foram forçados a entrar para o exército e que meu filho não foi. Mas somente Deus sabe se isso é uma benção ou uma desgraça. Não julgue, porque dessa maneira jamais se tornará um com a totalidade. Você ficará obcecado com fragmentos, pulará para as conclusões a partir de coisas pequenas.

Quando você julga você deixa de crescer. Julgamento significa um estado mental estagnado. E a mente deseja julgar, por estar em um processo que é sempre arriscado e desconfortável. Na verdade, a jornada nunca chega ao fim. Um caminho termina e outro começa: uma porta se fecha, outra se abre. Você atinge um pico, sempre existirá um pico mais alto. Aqueles que não julgam estão satisfeitos simplesmente em viver o momento presente e de nele crescer... Somente eles são capazes de caminhar com Deus.

Na próxima vez que você for tirar alguma conclusão apressada sobre um assunto ou sobre uma pessoa, lembre-se desta mensagem.
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