Introdução
Hoje em dia está na moda as novas seitas protestantes adicionarem o adjetivo "apostólica" ao seus nomes. Como por exemplo: Igreja Nova Apostólica, Igreja Evangélica Apostólica das Águas Vivas, Igreja Apostólica Ministério Comunidade Cristã, Igreja Apostólica do Avivamento, Igreja Apostólica Renascer em Cristo, Igreja Apostólica Cristã, Igreja Apostólica Ministério Resgate, Igreja Apostólica Batista Viva e etc.
Mas será que toda igreja é apostólica? Será que toda igreja tem que ser apostólica? Será toda "igreja" pode adotar para si o adjetivo "apostólica", sem detrimento de seu real significado?
O Ensinamento da Igreja Católica
O Catecismo da Igreja Católica ensina:
§861 "Para que a missão a eles [aos apóstolos] confiada fosse continuada após sua morte [de Jesus], confiaram a seus cooperadores imediatos, como que por testamento, o múnus de completar e confirmar a obra iniciada por eles, recomendando-lhes que atendessem a todo o rebanho no qual o Espírito Santo os instituíra para apascentar a Igreja de Deus. Constituíram, pois, tais varões e administraram-lhes, depois, a ordenação a fim de que, quando eles morressem outros homens íntegros assumissem seu ministério."
§862 "Assim como permanece o múnus que o Senhor concedeu singularmente a Pedro, o primeiro dos apóstolos, a ser transmitido a seus sucessores, da mesma forma permanece todos Apóstolos de apascentar a Igreja, o qual deve ser exercido para sempre pela sagrada ordem dos Bispos." Eis por que a Igreja ensina que "os bispos, por instituição divina, sucederam aos apóstolos como pastores da Igreja, de sorte quem os ouve, ouve a Cristo, e quem os despreza, despreza a (aquele por quem Cristo foi enviado".
Os protestantes em contrapartida alegam que nunca houve sucessão apostólica, e que a Igreja Apostólica é simplesmente aquela fiel á doutrina bíblica. Afirmam ainda que a reunião dos fiéis constitui a Igreja.
O que ensina a Bíblia?
A Bíblia ensina que Nosso Senhor Jesus Cristo, deu o governo da Igreja aos Santos Apóstolos: "Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e, quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou" (Lc 10, 16). Aqui vemos o testemunho da autoridade dos apóstolos sobre toda a Igreja dada pelo próprio Cristo.
A Bíblia dá testemunho de que os apóstolos claramente escolheram sucessores que, por sua vez, possuíram a mesma autoridade de ligar e desligar. A substituição de Judas Iscariotes por Matias (cf. At 1,15-26) e a transmissão da autoridade apostólica de Paulo a Timóteo e Tito (cf. 2 Tm 1,6; Tt 1,5) são exemplos de sucessão apostólica.
A fé sem a razão e o conhecimento podem nos tornar cegos. Por outro lado, o conhecimento e a razão sem fé podem nos tornar frios. Quando praticamos o equilíbrio entre fé, conhecimento e razão, neste momento estamos olhando para DEUS!
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
A Mística de São Tomás de Aquino
As controvérsias animadas desses últimos anos conferiram ao estudo da mística uma nova e singular atualidade1. Muitos dos fiéis piedosos, até em meio ao mundo, encontram com que alimentar a alma nos ensinamentos substanciosos de São Tomás; apresentar a síntese pacificada da doutrina mística do Mestre, para além de toda a polêmica, é prestar-lhe grande homenagem.
Para caracterizá-la, recorremos aos grandes pontífices Bento XV e Pio XI. Bento XV, conhecido sobretudo como o Papa da Caridade e por conseguinte imortal, segundo aquilo do Apóstolo: Charitas numquam excidit – dizíamos, Bento XV salientou a mística de São Tomás na missiva enviada ao Pe. Bernadot, Diretor da revista La Vie Spirituelle, a 15 de setembro de 1921:
“Expôs com muita clareza São Tomás, disse ele, a doutrina dos Padres acerca da elevação da vida sobrenatural e das condições do progresso na graça das virtudes e dons do Espírito Santo, cuja perfeição ou florescimento se acha na vida mística: ...ac praterea quibus conditionibus proficiat gratia virtutum et domorum Spiritus Sancti, quorum perfectio vita mystica continetur2.”
Escrevia Pio XI, cujo pontificado já de si tão fecundo se nos antolha em frutos que sobejarão da promessa das flores, na bela encíclica Studiorum ducem, de 29 de junho de 1923: “Para bem conhecer os princípios fundamentais da teologia ascética e mística, é mister tomar São Tomás como guia e aderir ao que ele ensina sobre a extensão do preceito do amor a Deus e o aumento da caridade e dos dons do Espírito Santo – que lhe são conexos –, bem como sobre os diversos estados (o estado de perfeição, a vida religiosa, o apostolado), as diferenças que os distinguem e a natureza verdadeira de cada um deles.”
Assim resumem os Papas a espiritualidade de São Tomás com este conceito claríssimo: a vida mística é o florescimento definitivo da vida da graça e dos dons do Espírito Santo ou, noutros termos, é a vida sobrenatural e completa do homem que se elevou ao estado sobrenatural.
Segundo essa definição, logo se vê que o estado místico não é fenômeno estranho nem estrangeiro às condições normais do cristão, mas é a vida plena e intensa, que é desejável em si e para a qual chama Deus seus verdadeiros amigos.
O QUE ELE PEDE É CONVERSÃO
Ninguém é verdadeiro cristão se não tiver o apostolado como prática constante a caminho do céu
"E portanto, se os degredados, que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa intenção de Vossa Alteza, se hão de fazer cristãos e crer em nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque, certo, esta gente é boa e de boa simplicidade."01 São palavras de Pero Vaz de Caminha, dirigidas ao então rei de Portugal, sobre os nativos e as terras que acabara de encontrar: os índios do Brasil. Lê-se nestas linhas a vontade imensa de espalhar a todos os povos a boa-nova de Cristo. De fato, a evangelização sempre foi uma preocupação da Igreja, encontrando eco também entre leigos, governantes e qualquer um que se deixasse tocar pela beleza da fé católica.
A necessidade do anúncio cristão decorre do "encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo."02 Se é verdade que Deus é amor, quem o encontrou não pode fazer Dele assunto particular, mas alimento comum a todas as almas. Os santos são um modelo de apostolado eficaz porque carregavam em suas faces a experiência da entrega ao Senhor. Somente uma alma profundamente apaixonada consegue transmitir a intensidade da Palavra de Deus. Por isso dizia o Cardeal Ratzinger num debate com o ateu Paolo Flores D’Arcais que "nós, os crentes, acreditamos que temos algo a dizer ao mundo (...) estamos convencidos de que em Jesus surgiu a verdade, e a verdade não é propriedade privada de alguém; deve ser compartilhada, deve ser conhecida."03
Todavia, nestes tempos de secularismo exacerbado, que não poupa nem mesmo os púlpitos de muitas paróquias, parece que já não existe mais tal certeza. Ao contrário dos primeiros cristãos, para a geração atual a fé se tornou apenas um pressuposto banal, que, em muitos casos, acaba até negado. Com efeito, a ênfase da Igreja na evangelização é vista como um programa retrógrado - até mesmo preconceituoso -, sobre o qual não valeria a pena discutir. A via adequada seria então a do diálogo desinteressado, aquele destinado não à conversão das pessoas, mas à promoção da "tolerância", do pluralismo religioso.
Disso se depreende a crise de fé à qual se referia Bento XVI na Carta Apostólica Porta Fidei. Uma Igreja que não quer evangelizar não merece ser chamada Igreja, já que "anunciar o Evangelho não é glória para mim" - dizia São Paulo -; "é uma obrigação que se me impõe" ( Cf. I Cor 9, 16). Ora, uma pessoa que se diz católica, mas não encontra razão para levar a fé aos demais pode ser tudo, menos uma autêntica seguidora de Cristo. Jesus deixou sua Igreja nesta terra para exortar os povos à Palavra de Deus, não para a filantropia ou assistencialismo social. Mas se os próprios filhos da Igreja padecem na "incredulidade e dureza de coração", renegando as verdades eternas a propósito de uma pastoral exclusivamente humana, como querer atrair os descrentes se a eles é apresentado uma Igreja com cara de ONG? Por conseguinte, acabam agindo como os discípulos que, diante da notícia de Maria Madalena, "não quiseram acreditar". Ou seja, ainda precisam encontrar-se com Jesus verdadeiramente para somente assim assumirem as palavras do Senhor: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura" (Cf. Mt 28, 19).
É imperioso para a vida cristã a prática do apostolado. Nela, encontram-se tanto o meio para atingir os incrédulos, como também o fim ao qual todos são chamados: a salvação. Sim, porque aqueles que se empenham no anúncio da boa-nova sabem que não podem prescindir da graça sem correr sério risco de fracassar. "A Igreja, o Papa, os fiéis, assim como os teólogos" - recorda o patriarca de Veneza, Dom Francesco Moraglia -, "não são a origem do ato de fé e da vida do crente"04, são instrumentos da messe do Senhor. E como instrumentos devem sempre ter em mente o testamento espiritual de Maria, deixado nos Evangelhos: "Fazei tudo o que Ele vos disser" (Cf. Jo 2, 5). E o que Ele pede é conversão!
Por Equipe Christo Nihil Praeponere
Referência
- Carta de Pero Vaz de Caminha
- Deus Caritas Est
- RATZINGER, Joseph, D’ARCAIS, Paolo F. Deus Existe. Editora Planeta
- Voltemos a Santo Agostinho, entrevista com o Patriarca de Veneza, Dom Francesco Moraglia
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
CARACTERÍSTICAS DAS HERESIAS
No ano 144 d.C., durante um dos momentos mais difíceis da História da Igreja Católica, surgiu a heresia Marcionita que logo se estenderia principalmente pelo Império Bizantino e sobreviveria pelos próximos três séculos, até ser absorvida pelo Maniqueísmo e desaparecer. É possível que seu fundador, Marcião, fosse filho de um dos primeiros bispos de Sinope, uma diocese da Ásia Menor, de onde Marcião era originário. Há quem suponha (baseando-se na conhecida habilidade de Marcião para citar as Escrituras) que ele fosse um bispo renegado pela Igreja. Qualquer que fosse o caso, o certo é que Marcião deu origem a uma das mais persistentes heresias de seu tempo e, para isso, fez uso, pela primeira vez, de certas armas que todos os cristãos dissidentes empregariam no futuro até os nossos dias.
O gênio divisionista de Marcião criou uma nova doutrina pseudocristã, modificando a História Sagrada e publicando um cânon próprio das Escrituras. Isto que hoje nos parece tão familiar - depois de tantos séculos de Bíblias cerceadas, lendas negras e traduções deturpadas da Escritura - era então uma assombrosa novidade que cativou a muitos. Marcião sustentava, como muitos vieram a fazer desde então, que o Deus do Antigo Testamento era vingativo e colérico, que não podia corresponder à mansa e amorosa pessoa de Jesus. A partir de então, desenvolveu uma doutrina dualista que sustentava a existência de duas divindades, uma má (a do Antigo Testamento) e outra boa (a do Novo Testamento).
Ao iniciar uma nova igreja, sempre se tropeça com este problema: o que fazer com a Igreja Católica? Marcião não podia destruir a Igreja de Cristo, porém, podia desqualificá-la. Para isso, teve uma idéia que para nós parece bem desgastada, mas que era muito original naquela época: usar as Escrituras para impugnar a veracidade da doutrina católica.
O problema de usar essa estratégia é que as Escrituras do Antigo Testamento - inspiradas por um "deus mau", segundo Marcião - ofereciam amplo e suficiente testemunho da futura vinda de Jesus. Essa "pequena" inconsistência não foi grande problema para o líder herege, que declarou nulo todo o Antigo Testamento. Ao fazer isto, Marcião estabeleceu outro grande princípio, que quase todo movimento herético seguiria no futuro: eliminar as partes da Bíblia que não convenham à nova doutrina enquanto que, ao mesmo tempo, se exalta a Escritura (modificada) como a autoridade sobre a qual o novo grupo eclesial é fundado.
QUEM É O PAPA?
O Papa é sucessor direto do apóstolo Pedro e, mais que uma pessoa, representa um encargo, um múnus deixado pelo próprio Senhor
No começo deste ano, todos os olhares se voltaram para o Vaticano. Era uma triste manhã de segunda-feira, 11 de fevereiro. As redações dos jornais e dos noticiários de todo o mundo anunciavam o inesperado: o Papa Bento XVI iria renunciar. O que levou o Sumo Pontífice a fazê-lo? Por que Sua Santidade abdicara o trono de São Pedro e decidira passar os últimos anos de sua vida em recolhimento? As dúvidas não deixavam dormir as mentes mais preocupadas. Aquilo sequer parecia verídico.
E, no entanto, era. Os católicos tinham pouco mais de duas semanas para se despedir de Joseph Ratzinger. O mês de março começava com a Sé Vacante e, pouco mais de um mês depois da renúncia do Santo Padre, dia 12 de março, os cardeais eleitores entravam na Capela Sistina para eleger o novo bispo de Roma. Depois de um conclave rápido, apareceu na sacada da Basílica de São Pedro a figura de Jorge Mario Bergoglio, que viria a chamar-se Francisco.
Pouco a pouco, a agitação que tomara conta dos fiéis católicos começava a se dissipar e todos se davam conta de que havia um novo Pai em Roma. Habemus Papam! O sentimento de tristeza era lentamente substituído pelo dom da esperança, pela certeza de que Deus não abandona a Sua Igreja, não deixa o barco que Ele mesmo construiu à deriva.
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
UMA ANALISE DE EZEQUIEL 37 - OSSOS SECOS
37,1-14 A MÃO DO SENHOR... OSSOS.
Por meio do espirito Santo, Ezequiel ve numa visão um vale cheio de ossos secos. Os ossos representam "toda a casa de Israel" (v.11), isto é, tanto Israel como Judá, no exílio, cuja esperança pereceu na dispersão entre os pagãos. Deus mandou Ezequiel profetizar para os ossos (vv.4-6). Os ossos então reviveram em duas etapas: (1) Uma restauração nacional ligada, ligada a terra (vv.7,8), e (2) uma restauração espiritual , ligada a fé (vv.9,10). Esta visão objetivou garantir aos exilados a sua restauração pelo poder de Deus e o restabelecimento como nação na terra prometia. Apesar das circunstancias criticas de então (vv.11-14). Não há menção da duração do tempo entre as duas etapas.
37,10 O ESPÍRITO ENTROU NELES, E VIVERAM.
A restauração de Israel à vida nos faz lembrar a criação do homem conforme relata Gn. 2,7. Adão foi primeiro formado fisicamente e a seguir, Deus lhe deu "o folego da vida". Semelhantemente, a nação morta de Israel deveria primeiramente ser restaurada fisicamente, e depois, Deus daria aos Israelitas o fôlego de vida (isto é, derramaria sobre eles o seu espírito).
37,12-14 À TERRA DE ISRAEL.
A visão dos ossos vivificados teria seu cumprimento na restauração de Israel, não somente material, mas também espiritual. Essa restauração teve seu inicio no tempo de Ciro, mas só terá pleno cumprimento quando Deus congregar com os israelitas na sua terra, nos tempos do fim, numa ocasião de grande despertamento espiritual. Muitos Judeus crerão em Jesus Cristo e o aceitarão como seu Messias antes dele voltar para estabelecer o seu reino (cf. Rm 11:15 NTLH, Rm 11:25, Rm 11:26).
37,16-23 TOMA UM PEDAÇO DE MADEIRA.
Depois da morte de Salomão, o povo de Deus dividiu-se em dois reinos (ver 1Rs 12) um chamado Judá e outro Israel (ou as vezes Efraim). Deus agora promete que os dois reinos serão reunificados num só reino, com um só rei sobre eles.
37,24 MEU SERVO DAVI.
O Messias vindouro é chamado "Davi" porque ele seria o Descendente de Davi e o cumprimento do concerto davídico (cf. 2Sm 7,16). Ele purificará Israel do pecado e o povo receberá o perdão e guardará a lei de Deus. Esses benefícios entraram em vigor mediante a sua morte na cruz e o ministério do Espírito Santo (cf. 36,16-32; Jr 31,31-34).
Fontes: Bíblia de Jerusalém.
Blog: hebreu-israelita.blogspot.com.br/2009/06/ezequiel-37-vale-dosossos-secos.html.
Comentário Bíblico Wiersbe - Antigo Testamento.
Bíblia de estudo Thompson.
PENTECOSTES - Homilia do Papa Bento XVI
São Lucas insere a narração do evento do Pentecostes, que ouvimos na primeira leitura, no segundo capítulo dos atos dos apóstolos. O Capitulo é introduzido pela expressão: “Quando chegou o dia de Pentecostes, encontravam-se todos reunidos no mesmo lugar” (Act 2,1). São palavras que fazem referencia ao quadro precedente, em que Lucas descreveu a pequena companhia dos discípulos, que se reunia assiduamente em Jerusalém depois da Ascenção ao céu de Jesus (cf. Act. 1,12-14). É uma descrição rica de pormenores: o lugar “onde habitavam” o Cenáculo é um ambiente “no andar de cima”; os onze Apóstolos são enumerados por nome, e os primeiros três são Pedro, João e Tiago, as “colunas” da comunidade; juntamente com eles são mencionadas “algumas mulheres”, “Maria, a Mãe de Jesus” e os “irmãos dele”, já integrados nesta nova família, fundamentada não já em vínculos de sangue, mas na fé em Cristo.
A este “novo Israel” alude claramente o numero total das pessoas que era de “cerca de cento e vinte”, múltiplo do “doze” do Colégio apostólico. O grupo constitui uma autentica “qãhãl”, uma “assembleia” segundo o modelo da primeira Aliança, a comunidade convocada para ouvir a voz do Senhor e caminhar pela suas veredas. O Livro dos atos sublinha o fato de que “todos estavam unidos pelo mesmo sentimento, entregando-se assiduamente à oração” (1,14). Por conseguinte, a oração é a principal atividade da igreja nascente, mediante a qual ela recebe a sua unidade do Senhor, deixando-se orientar pela sua vontade, como demonstra também a opção de tirar à sorte para escolher aquele que passará a ocupar o lugar de Judas (cf. Act 1, 25).
Esta comunidade encontrava-se reunida no mesmo lugar, o Cenáculo, na manha da festa Judaica do Pentecostes, festa da Aliança, em que se fazia memoria do evento do Sinai quando Deus, mediante Moisés, tinha proposto que Israel se tornasse a sua propriedade no meio de todos os povos, para ser sinal da sua santidade (cf. Êxodo 19). Segundo o Livro do Êxodo, aquela antiga aliança foi acompanhada por uma terrificante manifestação de poder da parte do Senhor: “Todo o monte Sinai lê-se fumegava, porque o Senhor. havia descido sobre ele no meio de chamas. O fumo que se elevava era como o de um forno, e todo o monte estremecia violentamente” (19,18). Voltamos a encontrar os elementos do vento e do fogo no Pentecostes no Novo Testamento, mas sem ressonancias de medo. Em particular, o fogo adquire a forma de linguas que se pousam sobre cada um dos discipulos, que “ficaram todos cheios do Espírito Santo”, e em virtude de tal efusão, “começaram a falar em outras linguas” (Act 2,4). Trata-se de um verdadeiro e próprio “batismo” de fogo da comunidade, uma espécie de nova criação. No Pentecostes, a igreja é constituida não por uma vontade humana, mas pela força do Espírito de Deus. E é imediatamente claro como este Espírito dá vida a uma comunidade que é uma só e, ao mesmo tempo, universal, superando deste modo a maldição de Babel (cf. Gn 11,7-9). Com efeito somente o Espírito Santo, que cria unidade no amor e na aceitação recíproca das diversidades, pode libertar a humanidade da tentação constante de uma vontade de poder terreno que quer dominar e uniformizar tudo.
“Societas Spiritus”, sociedade do Espirito: assim Santo Agostinho chamava a Igreja num de seus sermões (71, 19, 32: PL 38, 462). No entanto, já antes dele Santo Irineu tinha formulado uma verdade que me apraz recordar: “Onde está a Igreja, ali está o Espírito de Deus, e onde está o espírito de Deus, ali estão a Igreja de todas as graças, e o Espírito é a verdade; afastar-se da Igreja significa rejeitar o espírito” e, por conseguinte, “excluir -se da vida” (Adv. Haer. III, 24, 1). A partir do evento do Pentecostes manifesta-se esta união entre o Espírito de Cristo e o seu corpo Místico, ou seja, a Igreja. Gostaria de refletir sobre um aspecto peculiar da ação do Espírito Santo, isto é, sobre o entrelaçamento entre multiplicidade e unidade. Disto fala a segunda Leitura, discorrendo sobre a harmonia dos diversos carismas na comunhão do mesmo Espírito. Mas já na narração dos atos, que ouvimos, este entrelaçamento revela-se com extraordinária evidencia. No evento do Pentecostes torna-se clarividente que à Igreja pertencem múltiplas línguas e diferentes culturas; na fé, elas podem compreender-se e fecundar-se reciprocamente. São Lucas quer claramente transmitir uma ideia fundamental, ou seja, que no próprio ato do seu nascimento a Igreja já é “católica”, universal. Ela fala desde o início todas as línguas, porque o Evangelho que lhe é confiado, está destinado a todos os povos, em conformidade com a vontade e o mandato de Cristo ressuscitado (cf. Mt 28, 19). A Igreja que nasce no Pentecostes não constitui, acima de tudo, uma comunidade particular a Igreja de Jerusalém mas sim a Igreja Universal, que fala as línguas de todos os povos. Sucessivamente, dela hão-de nascer outras comunidades em todas as regiões do mundo, Igreja particulares que são, todas e sempre, realizações da una e única Igreja de Cristo. Por conseguinte, a Igreja católica não é uma federação de Igrejas, mas uma única realidade: a prioridade ontológica cabe a Igreja universal. Uma comunidade que neste sentido, não fosse católica não seria nem sequer Igreja.
A este “novo Israel” alude claramente o numero total das pessoas que era de “cerca de cento e vinte”, múltiplo do “doze” do Colégio apostólico. O grupo constitui uma autentica “qãhãl”, uma “assembleia” segundo o modelo da primeira Aliança, a comunidade convocada para ouvir a voz do Senhor e caminhar pela suas veredas. O Livro dos atos sublinha o fato de que “todos estavam unidos pelo mesmo sentimento, entregando-se assiduamente à oração” (1,14). Por conseguinte, a oração é a principal atividade da igreja nascente, mediante a qual ela recebe a sua unidade do Senhor, deixando-se orientar pela sua vontade, como demonstra também a opção de tirar à sorte para escolher aquele que passará a ocupar o lugar de Judas (cf. Act 1, 25).
Esta comunidade encontrava-se reunida no mesmo lugar, o Cenáculo, na manha da festa Judaica do Pentecostes, festa da Aliança, em que se fazia memoria do evento do Sinai quando Deus, mediante Moisés, tinha proposto que Israel se tornasse a sua propriedade no meio de todos os povos, para ser sinal da sua santidade (cf. Êxodo 19). Segundo o Livro do Êxodo, aquela antiga aliança foi acompanhada por uma terrificante manifestação de poder da parte do Senhor: “Todo o monte Sinai lê-se fumegava, porque o Senhor. havia descido sobre ele no meio de chamas. O fumo que se elevava era como o de um forno, e todo o monte estremecia violentamente” (19,18). Voltamos a encontrar os elementos do vento e do fogo no Pentecostes no Novo Testamento, mas sem ressonancias de medo. Em particular, o fogo adquire a forma de linguas que se pousam sobre cada um dos discipulos, que “ficaram todos cheios do Espírito Santo”, e em virtude de tal efusão, “começaram a falar em outras linguas” (Act 2,4). Trata-se de um verdadeiro e próprio “batismo” de fogo da comunidade, uma espécie de nova criação. No Pentecostes, a igreja é constituida não por uma vontade humana, mas pela força do Espírito de Deus. E é imediatamente claro como este Espírito dá vida a uma comunidade que é uma só e, ao mesmo tempo, universal, superando deste modo a maldição de Babel (cf. Gn 11,7-9). Com efeito somente o Espírito Santo, que cria unidade no amor e na aceitação recíproca das diversidades, pode libertar a humanidade da tentação constante de uma vontade de poder terreno que quer dominar e uniformizar tudo.
“Societas Spiritus”, sociedade do Espirito: assim Santo Agostinho chamava a Igreja num de seus sermões (71, 19, 32: PL 38, 462). No entanto, já antes dele Santo Irineu tinha formulado uma verdade que me apraz recordar: “Onde está a Igreja, ali está o Espírito de Deus, e onde está o espírito de Deus, ali estão a Igreja de todas as graças, e o Espírito é a verdade; afastar-se da Igreja significa rejeitar o espírito” e, por conseguinte, “excluir -se da vida” (Adv. Haer. III, 24, 1). A partir do evento do Pentecostes manifesta-se esta união entre o Espírito de Cristo e o seu corpo Místico, ou seja, a Igreja. Gostaria de refletir sobre um aspecto peculiar da ação do Espírito Santo, isto é, sobre o entrelaçamento entre multiplicidade e unidade. Disto fala a segunda Leitura, discorrendo sobre a harmonia dos diversos carismas na comunhão do mesmo Espírito. Mas já na narração dos atos, que ouvimos, este entrelaçamento revela-se com extraordinária evidencia. No evento do Pentecostes torna-se clarividente que à Igreja pertencem múltiplas línguas e diferentes culturas; na fé, elas podem compreender-se e fecundar-se reciprocamente. São Lucas quer claramente transmitir uma ideia fundamental, ou seja, que no próprio ato do seu nascimento a Igreja já é “católica”, universal. Ela fala desde o início todas as línguas, porque o Evangelho que lhe é confiado, está destinado a todos os povos, em conformidade com a vontade e o mandato de Cristo ressuscitado (cf. Mt 28, 19). A Igreja que nasce no Pentecostes não constitui, acima de tudo, uma comunidade particular a Igreja de Jerusalém mas sim a Igreja Universal, que fala as línguas de todos os povos. Sucessivamente, dela hão-de nascer outras comunidades em todas as regiões do mundo, Igreja particulares que são, todas e sempre, realizações da una e única Igreja de Cristo. Por conseguinte, a Igreja católica não é uma federação de Igrejas, mas uma única realidade: a prioridade ontológica cabe a Igreja universal. Uma comunidade que neste sentido, não fosse católica não seria nem sequer Igreja.
Batman - Cavaleiro das trevas: Uma análise teo-referente
Por
Rômulo A. T. Monteiro
Data 23/04/2012
Do Blog: http://www.teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codigo=257
Rômulo A. T. Monteiro
Data 23/04/2012
Do Blog: http://www.teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codigo=257
1. INTRODUÇÃONo dia 18 de julho de 2008 estreava a continuação de Batman Begins (2005),Batman – Cavaleiro das Trevas (doravante, BCT). Sem dúvida, um dos grandes sucessos do cinema americano dos últimos anos. Nessa introdução queremos evidenciar dados incontestáveis que nos fazem concluir que BCT é uma obra que não somente merece ser avaliada como também é uma fonte apropriada de entendimento do nossozeitgeist (espírito da época).
Em primeiro lugar, a aceitação da massa. BCT foi o terceiro filme mais rentável de todos os tempos.1 Pressupondo que a relação entre filme e sociedade é de natureza retroalimentativa, a aceitação da massa revela muito dela mesma bem como revela a influência da obra no povo. É fato que em 2008 Batman já tinha noventa e nove anos. Pode-se, portanto, implicar que Morcego teve tempo suficiente para criar várias gerações de fãs. Daí a razão de sua aceitação, pode-se sugerir. Mas trata-se de um grande engano explicar a aceitação de BCT somente pelo histórico do seu herói. Os parágrafos seguintes elucidarão a questão.
Segundo, trata-se de um filme que superou as expectativas da crítica especializada. Uma palavra sobre o contexto histórico ajudará a entender melhor. Para muitos, senão a esmagadora maioria dos admiradores de Batman, Batman e Robin (1997) acabou com a reputação do homem-morcego. Denominado de “horrível”, “infantil” (bobo), “sem conteúdo” e “caro”,2 o filme de Joel Schumacher, que estreou em 1997, foi um fracasso de crítica e de bilheteria. Para os fãs do Cruzado Encapuzado3, Begins surgiu como o salvador da imagem do Cavaleiro das Trevas. Por outro lado, a aceitação de Batman Begins tanto da crítica quanto da massa criou um clima de ceticismo para com o próximo da série. A razão é simples: tratava-se de uma sequência. Digo, uma sequência de um filme muito bom. Ora, a reação clássica diante de uma sequência é sempre a mesma – descrença e ceticismo.
Entretanto, BCT surpreendeu. A crítica reagiu empolgada4. Muitos deram nota máxima para a segundo filme de Christopher Nolan (diretor). Comentários como os de Lais Cattassini (Cinema com Rapadura) revelam tal empolgação: “impossível não vibrar com cada segundo de filmagem”5. Tiago Siqueira (Cinema com Rapadura) assegura o lado positivo da obra: “Tenso e emocionalmente pesado, ‘Batman - O Cavaleiro das Trevas’ não é só um mero filme, mas uma experiência cinematográfica única. Uma obra-prima absolutamente recomendada”.6
domingo, 15 de setembro de 2013
ENGENHARIA PARA O DESENVOLVIMENTO - DEUS ESTÁ NESTE PROCESSO!
Inovação, Sustentabilidade e Responsabilidade Social como novos Paradigmas.
AS BASES DO FUTURO
AS BASES DO FUTURO
Conhecimento, inovação e espírito empreendedor são o tripé do progresso e do bem-estar da humanidade. A associação de elementos científicos disponíveis, a busca pelo novo e a ousadia estão presentes desde a descoberta do fogo até o desenvolvimento das modernas tecnologias, e abriram as portas para a globalização da economia.
A convicção de que a educação de qualidade e a inovação são requisitos para o Brasil construir uma economia competitiva e sustentável norteia as ações da indústria brasileira. O estudo Engenharia para o Desenvolvimento – inovação, sustentabilidade e responsabilidade social como novos paradigmas é mais uma contribuição de empresas como o CNI e o SENAI para orientar a reflexão e a construção de uma agenda centrada no desenvolvimento tecnológico e na educação de qualidade.
A avaliação dos modelos econômicos da China, Índia, Escócia, Irlanda e Coreia do Sul apresentadas neste estudo, feito em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Rio, confirma a necessidade do Brasil em adotar tal agenda. Ao fazer pesados investimentos em educação e concentrar esforços na formação de engenheiros, esses países atraíram laboratórios de ponta de grandes conglomerados internacionais. Hoje, desenvolvem tecnologias próprias, que garantem a competitividade de seus produtos.
Além disso, a CNI lidera a Mobilização Empresarial pela Inovação, que pretende fazer da indústria a protagonista da Iniciativa Nacional pela Inovação, movimento que ampliará de forma significativa a capacidade de gestão da inovação nas empresas. Com educação de qualidade e inovação, reuniremos as condições necessárias para construir um País comprometido com um modelo de desenvolvimento baseado na produtividade, na conservação do ambiente e na responsabilidade social.
Na recente Encíclica Caritas in Veritate(n. 69), o papa Bento XVI escreveu:
Hoje, o problema do desenvolvimento está estreitamente unido com o progresso tecnológico, [de modo especial] com as suas deslumbrantes aplicações no campo biológico. A técnica – é bom sublinhá-lo – é um dado profundamente humano, ligado à autonomia e à liberdade do homem. Nela exprime-se e confirma-se o domínio do espírito sobre a matéria. O espírito, «tornando-se assim mais liberto da escravidão das coisas, pode facilmente elevar-se ao culto e à contemplação do Criador». A técnica permite dominar a matéria, reduzir os riscos, poupar fadigas, melhorar as condições de vida. Dá resposta à própria vocação do trabalho humano: na técnica, considerada como obra do gênio pessoal, o homem reconhece-se a si mesmo e realiza a própria humanidade. A técnica é o aspecto objetivo do agir humano, cuja origem e razão de ser estão no elemento subjetivo: o homem que atua. Por isso, aquela nunca é simplesmente técnica, mas manifesta o homem e as suas aspirações ao desenvolvimento, exprime a tensão do ânimo humano para uma gradual superação de certos condicionamentos materiais. Assim, a técnica insere-se no mandato de «cultivar e guardar a terra» (Gn. 2, 15) que Deus confiou ao homem, e há de ser orientada para reforçar aquela aliança entre ser humano e ambiente, em que se deve refletir o amor criador de Deus.
É nesse panorama de um desenvolvimento tecnológico acelerado que se enquadra o programa iNOVA. Para não nos ver arrastados por uma tecnologia desumanizante, temos de nos perguntar Sobre o sentido de nosso progresso. Em primeiro lugar, precisamos fugir de visões parciais. Por isso, o nosso programa envolve o setor produtivo, o acadêmico o governamental e o profissional, num esforço conjunto para construir um projeto de nação. O processo foi liderado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e pelo SENAI. O grande mérito foi articular um sujeito coletivo capaz de indicar um rumo inovador para o desenvolvimento nacional. Como não pretendemos reinventar a roda, houve um estudo de modelos exitosos em países de recente desenvolvimento acelerado. Sobre esse pano de fundo, procurou-se identificar paradigmas para a estruturação de uma solução compatível com a magnitude dos desafios atuais. Estudaram-se, assim, a Coreia do Sul, a China, a Índia, a Irlanda e a Escócia. O resultado foi a constatação de que esses países basearam seu modelo de desenvolvimento na Ciência, na Tecnologia e na Inovação, com base na Engenharia. Ainda mais, tal base gerou um Comportamento empreendedor muito forte.
Após esse estudo, ao analisar a crise mundial, que se instalou a partir de setembro do ano passado, chegou-se à conclusão de que, embora ela tenha claros contornos financeiros, não será totalmente debelada, se não forem incluídas na solução as dimensões de sustentabilidade social e ambiental.Em outras palavras, o estudo mostra que a presente crise não invalida a proposta de um desenvolvimento baseado na Engenharia. Ao contrário, indica que, no momento em que a sustentabilidade e a equidade social se Tornaram fatores importantíssimos na visão do futuro, o desenvolvimento tecnológico adquiriu um caráter de urgência inquestionável, para a manutenção da democracia e para o respeito a nosso planeta, já tão Fragilizado.
A consequência óbvia é a urgente necessidade de uma revisão profunda das habilidades a ser desenvolvidas pelo engenheiro, a fim de capacitá-lo para a nova sociedade, através de uma educação orientada para a solução dos problemas de nosso tempo. A presente publicação constitui-se, assim, num marco de referência e numa série de propostas concretas que permitam uma maior tomada de consciência da Relevância, no tempo atual, das Engenharias para um desenvolvimento sustentado e socialmente responsável.
Pe. Jesus Hortal Sánchez, S.J.
terça-feira, 3 de setembro de 2013
PROTESTANTES USAM IMAGENS?
Protestantes usam imagens de Deus?
Aparentemente não.
Pois consideram que isso é uma desobediência e uma traição a Deus.
Principalmente os Pentecostais, tem grande aversão ao uso de imagens, pois consideram que seja Idolatria, tantas vezes condenada por Deus (Ex:20, 4; Lev:26,1; Deu:4,16; etc...).
A Igreja Católica desde o começo entendeu que o uso de tais imagens não é condenado por Deus; o que Deus condena é a idolatria, ou seja, adorar as imagens como se elas fossem Deus, pois o próprio Deus pede que sejam feitas imagens (Ex 25, 18-20; IReis 6, 23-35 e 7, 29; Num 21, 8-9).
Aparentemente os protestantes não fazem imagens, mas pensemos um pouco:
Pense no símbolo da igreja Universal do Reino de Deus.
O que te vem a cabeça?
Sim, isso mesmo, uma pombinha dentro de um coração.
Ora, Deus (Filho) se apresentou a nós em forma humana, por isso fazemos imagens de um homem, para representar Jesus e nos fazer lembrar dEle.
Deus (Espírito Santo) se apresentou a nós em forma de pomba (Mat:3,16; Mar:1,10; Luc:3,22; Jo:1,32), por isso os pentecostais fazem imagens de pomba, para representar o Espírito Santo e nos fazer lembrar dEle.
O mesmo acontece com as Chamas de Fogo, que várias igrejas pentecostais usam como símbolo; o Fogo também é uma representação do Espírito Santo (Atos:2,3).
Fica uma pergunta:
Porque os Pentecostais não acreditam que os Católicos fazem imagens de Jesus e dos Santos com o mesmo intuito que eles fazem do Espírito Santo?
Aparentemente não.
Pois consideram que isso é uma desobediência e uma traição a Deus.
Principalmente os Pentecostais, tem grande aversão ao uso de imagens, pois consideram que seja Idolatria, tantas vezes condenada por Deus (Ex:20, 4; Lev:26,1; Deu:4,16; etc...).
A Igreja Católica desde o começo entendeu que o uso de tais imagens não é condenado por Deus; o que Deus condena é a idolatria, ou seja, adorar as imagens como se elas fossem Deus, pois o próprio Deus pede que sejam feitas imagens (Ex 25, 18-20; IReis 6, 23-35 e 7, 29; Num 21, 8-9).
Aparentemente os protestantes não fazem imagens, mas pensemos um pouco:
Pense no símbolo da igreja Universal do Reino de Deus.
O que te vem a cabeça?
Sim, isso mesmo, uma pombinha dentro de um coração.
Ora, Deus (Filho) se apresentou a nós em forma humana, por isso fazemos imagens de um homem, para representar Jesus e nos fazer lembrar dEle.
Deus (Espírito Santo) se apresentou a nós em forma de pomba (Mat:3,16; Mar:1,10; Luc:3,22; Jo:1,32), por isso os pentecostais fazem imagens de pomba, para representar o Espírito Santo e nos fazer lembrar dEle.
O mesmo acontece com as Chamas de Fogo, que várias igrejas pentecostais usam como símbolo; o Fogo também é uma representação do Espírito Santo (Atos:2,3).
Fica uma pergunta:
Porque os Pentecostais não acreditam que os Católicos fazem imagens de Jesus e dos Santos com o mesmo intuito que eles fazem do Espírito Santo?
Escrito por: Bruno Leonardo Santos Peres para o Site Veritatis Esplendor. www.veritatis.com.br
AS IMAGENS PERMITIDAS
Pessoal, boa noite.
Neste post coloco um bom estudo sobre Idolatria e imagens que faz parte da doutrina da Igreja Católica repudiada por muitos protestantes e outros.
O Texto foi retirado do Site Veritatis Splendor e escrito por Rondinelly Ribeiro
Para acessar bons estudos como este, acesse: http://www.veritatis.com.br/
Existem dois artigos retirados de um site protestante, "Textos da Reforma", cujos títulos mostram os seguintes dizeres "É abominação atribuir forma visível a Deus", dividido em duas partes. Digo o seguinte: CONCORDO PLENAMENTE! Pode parecer estranho afirmar isso, posto que sou católico, mas vou lhe explicar. O texto, muito bem redigido sob aspectos normativos e, aparentemente, científicos, peca em detalhes de comum engano entre a teologia protestante. Um deles é a insistência de impor algo aos católicos, e esse "algo" é a "adoração" de imagens. Sim, a palavra é imposição, pois se há alguém que afirme alguma coisa de forma contínua e insistente, mesmo após o oponente apresentar contra-argumentos já à exaustão, com todas as contra-provas possíveis, esta afirmação se transforma em imposição de ideia.
O mundo é politeísta, pode se dizer assim. Não há concordância mundial entre qual é o "deus" que predomina, se há algum "deus" que predomina no mundo. O Deus dos cristãos é Iahweh, assim como dos judeus. O deus dos muçulmanos é Alah, que nada mais é do que o nome "deus" em árabe. Os espíritas dizem crer no mesmo deus que os cristãos, pois que "o cristianismo e o espiritismo ensinam as mesmas coisas" (citação livre do livro "Evangelho segundo o espiritismo"). Já nos tempos do patriarca Abraão, os
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