Eusébio de
Cesaréia
ou Eusébio Panfílio.
Bispo e teólogo neoplatonista grego exegeta e
polemista e patrístico do período nicênico nascido em Alexandria, Egito,
batizado e ordenado em Cesaréia, na Palestina, considerado um dos fundadores da
historiografia cristã.
Estudou na importante escola de teologia ali criada
por Pânfilo, decapitado pelos romanos (310), em cuja homenagem adotou
seu outro sobrenome. Nomeado bispo de Cesaréia (313), destacou-se por procurar
conciliar a heresia arianista e a teologia.
Embora não aprovasse inteiramente suas idéias acolheu Ário, expulso pelo bispo Alexandre, de Alexandria, sob acusação de heresia (318), pela sua negativa na divindade de Cristo. Embora não aprovasse as idéias de seu colega de Alexandria, que defendia o sabelianismo, doutrina que negava a Santíssima Trindade, procurou reaproximar os dois.
Porém no sínodo de Antioquia (325), foi excomungado
por arianismo, junto com seus aliados Teódoto de Laodicéia e Narciso
de Nerônidas. No fim do mesmo ano, defendeu-se no Concílio de
Nicéia, convocado por Constantino, e teve a punição suspensa por
intervenção do imperador. Sua obra mais importante historicamente foi História
eclesiástica (312-324), em defesa de Orígenes (185-253) e relatando
as perseguições romanas.
Eusébio é conhecido como o pai da história da Igreja
porque nos seus escritos estão os primeiros relatos quanto à história do
Cristianismo primitivo.
O seu tratado, a História eclesiástica, é o mais
importante relato da Igreja Cristã depois de Atos dos Apóstolos. Sem a História
Eclesiástica de Eusébio seria praticamente impossível reconstituir os três
primeiros séculos da Igreja Cristã. É o maior clássico da história da Igreja!
A obra compreende de 10 livros que não foram compostos
de uma só vez.
A Obra e seu conteúdo consistem em:
·
Livro I: introdução
detalhada, sobre Jesus Cristo.
·
Livro II: A história da
época apostólica, desde a Queda de Jerusalém até Tito.
·
Livro III: A época após Trajano
·
Livross IV e V: o século
II
·
Livro VI: O período de Severo
a Décio
·
Livro VII e VIII: historia
do surto de perseguições movidas sob o reinado de Diocleciano
·
Livro IX: História da
vitória de Constantino I sobre Maxêncio no ocidente e de Licínio sobre Maximino
no oriente.
·
Livro X: O restabelecimento
das congregações e a rebelião e conquista de Licínio.
A obra já estava publicada antes da perseguição de
Dioclesiano, em 303, com apenas os sete primeiros livros. Novos acontecimentos
levaram Eusébio a acrescentar várias ampliações que deram matéria para os
livros oitavo, nono e décimo.
A História Eclesiástica para em 324, porque Eusébio
não pretende comentar sobre o concílio de Nicéia, convocado, patrocinado e
dirigido pelo imperador.
Um fato interessantíssimo é que seu nome está ligado a
uma crença curiosa sobre uma suposta correspondência entre o rei de Edessa,
Abgaro e Jesus Cristo. Eusébio teria encontrado as cartas e, inclusive, as
copiado para a sua Historia Eclesiástica.[1]
Observa-se que ainda após o livro X, encontra-se um
opúsculo (pequena obra escrita) sobre os mártires da Palestina, onde Eusébio
relata, como testemunha ocular, ou com notícias de primeira mão, os gestos
destes mártires.
Autor de uma biografia de Constantino, Eusébio,
de qualquer forma, não foi amigo íntimo nem cortesão de Constantino. Ele passou
a maior parte da sua Vida em Cesaréia ou nas proximidades, ocupado com assuntos
eclesiásticos, enquanto Constantino, quando não estava em Constantinopla, se
encontrava em alguma campanha ou empreendimento que o fazia transferir sua
corte por todo o lmpério. De forma que os contatos entre o imperador e o bispo
foram' breves e esporádicos. Eusébio era respeitado por muitos dos seus
colegas, e Cesaréia era uma cidade importante; por isso Constantino se empenhou
em cultivar o apoio do prestigioso bispo desta cidade. Eusébio, da mesma forma,
depois das experiências dos anos de perseguição, não podia fazer outra coisa
que se alegrar com a nova situação, e agradecer ao imperador pela mudança que
este causara.
Foi depois da morte de Constantino, em 337, que
Eusébio escreveu suas linhas mais elogiosas sobre o imperador falecido. Não se
trata aqui, portanto, de um bajulador, mas de um homem agradecido. Esses fatos,
entretanto, deixaram sua marca em toda a obra de Eusébio, particularmente em
sua História eclesiástica.
“Se
olho para o oriente, se olho para o ocidente, se olho por toda, a terra, e até
se olho para o céu, sempre e em qualquer lugar eu vejo o Bem-aventurado
Constantino dirigindo o mesmo império.”
Eusébio
de Cesaréia
Também escreveu textos doutrinários e comentários da
Bíblia, especialmente sobre os Evangelhos e, em Preparação evangélica,
comparou Platão (427-347 a. C.) com Moisés (viveu por volta de
1220 a. C.).
Observa-se que ainda após o livro X, encontra-se um
opúsculo (pequena obra escrita) sobre os mártires da Palestina, onde Eusébio relata
como testemunha ocular, ou com notícias de primeira mão, os gestos destes
mártires. Autor de uma biografia de Constantino, também escreveu textos
doutrinários e comentários da Bíblia, especialmente sobre os Evangelhos e, em
Preparação evangélica, comparou Platão (427-347 a. C.) com Moisés
(viveu por volta de 1220 a. C.).
[1] Eusébio de Cesaréia - História Eclesiástica (Patrística, Editora Paulus)
– Livro Primeiro – Capítulo 13 – Narrativa acerca do Rei de Edessa, Página 66
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