// Estar com Deus: A Obediência da Fé

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A Obediência da Fé


Bem pessoal, boa tarde.
Faz pouco tempo falamos sobre a fé, falamos como ela pode ser natural e sobrenatural, como ela pode nos afetar, tentamos entender que ela pode ser racional ou pode vir de um dom.
Neste Post tentarei passar a minha a idéia da obediência da Fé. O que pode ocorrer quando obedecemos a nossa fé, como podemos viver com a nossa fé racional ou espiritual.

Bem, o Catecismo da Igreja Católica no capítulo sobre a fé, quando começa a falar da obediência põe entre parênteses ob-audire, o que traduzido, siginifica “por causa de, pela razão de” e “ouvir”. Ouvir pela razão dada por Deus. Há, pois, um motico para escutar e seguir o proposto pelo Senhor. Não é somente algo de confiança naquele que manda. É a percepção, pode até ser pequena, de que realizando o que o Senhor lhe propõe vai descortinar caminhos nunca antes imaginados. Olhando para a pobre menina de Nazaré vemos como o sim que ela pronunciou a transformou. Hoje nós a reconhecemos digna de imitação. Maria concluiu: o Senhor fez de mim maravilhas. Disse isto para Isabel que podia entender o seu significado. Outros talvez tivessem mais dificuldades em entender a veracidade destas palavras.
Eis-me aqui, Senhor. Está é sempre a resposta humana. Isto precisa ser feito e refeito. É a obediência que se coloca no Deus vivo e verdadeiro. Quais já foram os resultados obtidos? Pude observar em pessoas que tomam muito a sério a obediência a Deus que algumas coisas lhe são sagradas.  Um dia observei como os olhos das pessoas se tornaram mais expressivos quando falavam com propriedade e profundidade do dom da vida. Percebi que lhes havia sido dada uma graça especial de nova compreensão, pois dom não é a conquista humana, é algo dado. Inspirando-se em Maria vamos compreender como ela era a serva, a obediente. As características nos servos são muitas e todas admiráveis. Dentre estas eu destacaria: Agilidade, alegria e por incrível que pareca liberdade.
A Agilidade. como a de Maria, que estava com Isabel antes que esta pudesse imaginar a sua presença. Agilidade como a de João Paulo II que quando menso se espera está em viagem missionária pelo mundo. Agilidade dos agentes de pastoral que são criativos nas atividades pastorais e tem lançado muita surpresa agradável em milhares de corações. Agilidade ao adaptar-se as novas funções que a igreja lhes solicita. Para que haja uma agilidade é preciso se desvencilhar de cargas pesadas que carregamos. É preciso estar leve. Muitos se tornaram leves, ágeis. Gosto de contemplar Barnabé, Paulo, Luiz Gonzaga, João Calábria, Madre Teresa de Calcutá, Martin Luther King e muitos outros que se desvincilharam de aparatos, coisas e se tornaram muito ágeis.
Alegria é o segundo fruto do Espírito em Gálatas 5,22. Ela é fruto de quem sabe estar sendo um intermediário disponível vinte e quatro horas. Alegria porque vê quanta paz, quanto sabor de vida, quanta esperança, quanto conforto, quanto amor se espalha quando se diz ao Senhor de tudo isto: Eis-me aqui. Alegria também por perceber que este na verdade é o melhor caminho. Não há outro caminho melhor. Este é o melhor. Seguir Deus. Alguém a gente sempre segue. Então é melhor seguir a Deus que é o maior. Os outros caminhos são sempre menores e mais mesquinhos. Seguir Deus é encontrar uma alegria que nada poderá tirar.
Liberdade. É para a liberdade que Cristo nos libertou, nos afirma São Paulo em Gálatas 5,1. A liberdade possibilita realizar projetos sem estar amarrado a compromissos escusos e muito menos comprometidos com senhores de outras propriedades que não sejam as do Senhor Jesus Cristo. E aquele que diz: "eis-me aqui Senhor", se torna perigosamente livre e por isso mesmo aberto a tudo aquilo que o mesmo Senhor, em seu amor e em seu projeto libertador, lhe vai sugerindo. Liberdade de assumir com todas as forças do coração o que lhe é proposto. Liberdade pois realiza tudo com uma paixão característica de homens livres.
Terminando, todos estes caminhos fantásticos são possíveis para aquele que faz a aventura da fé. É só experimentar para ver se é verdade ou não! Experimente e ver!

Fonte e Orientador: Pe. Bonifácio - Teologia da Revelação, Instituto de Teologia Paulo VI.
UCPEL - Universidade Católica de Pelotas

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