// Estar com Deus: 2018

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

O NATAL EM NOSSAS VIDAS

Hoje é véspera de Natal, Ano de 2018.

Neste dia, proponho um exercício: Tentem responder questões como estas?

1 – Que significado tem para nós o Natal e tudo o que o envolve: Cartões, votos de “Um feliz Natal”, presentes, a festa.

2 – Que dizem para nós os enfeites que colocamos em casa, na igreja, nas lojas, arvores, presépios, papai Noel, as músicas natalinas?

3 – Que conteúdo e que implicações existenciais traz consigo a celebração do Natal para nós e para os nossos e para a sociedade?

O Natal está enraizado na vida de nosso povo. É um momento magico que impulsiona nosso coração a salientar os mais caros valores morais e espirituais que acreditamos serem inteligentes indispensáveis para a felicidade de qualquer pessoa neste mundo.

Nos cartões, e-mails, redes sociais, cartas, telefonemas e nos encontros pessoais, nossa saudação se transforma em oração: “Feliz Natal”; “Desejo-lhe um Feliz Natal”; “Que o Natal lhe traga saúde e paz”. Por toda parte são estimulados gestos concretos de solidariedade, que levem consigo, simbolicamente, o mais importante: nosso desejo de que o mundo seja habitado pela Fraternidade, justiça e paz.

E até mesmo o mundo do consumo, por mais interessado que esteja no lucro, trabalha muito em cima da importância simbólica da troca de presentes e da ceia de Natal, favorecendo o estreitar dos laços mais preciosos no ser humano: os da família e da amizade. Natal é festa de família, nova esperança permanente de um mundo novo, justo, solidário, carregado de amor e paz. 

O Natal de Jesus Cristo, conforme o relato dos evangelistas Mateus e Lucas, é rico de fatos e nos apresentam: a anunciação de Maria, a visita de Maria a sua prima Isabel, o nascimento de Jesus numa gruta em Belém, a presença da estrela, a adoração dos pastores e dos sábios do oriente, a apresentação de Jesus no Templo, a perseguição de Herodes e a fuga para o Egito.

Mais tarde à tradição Cristã, por influências várias, foram acrescentados elementos que hoje são indispensáveis na comemoração e na decoração da festa de Natal, dando-lhe uma identidade única. Deturpados ou não pela sociedade secularizada e dominada pelo mercado, eles constituem o eco do maior evento da história: a encarnação do Filho de Deus.

Cabe aos que que Creem em Cristo, relembrar continuamente que essa festa e os ingredientes que a identificam nasceram da fé apontam para a fé, se concretizam em demonstrações amor, solidariedade para com os mais necessitados e luta por uma vida mais digna para todos, e principalmente a paz. 

Os que tem o dom da fé devem alertar, por todos os meios possíveis que: Natal tem a ver é com Jesus de Nazaré, com a referência histórica do nascimento de Jesus Cristo: Afinal é a celebração de seu aniversário!

Fazemos festa porque, como diz o profeta Isaías, “um menino nos foi dado”. O Natal celebra o nascimento de Cristo, e nesta festa adquire-se um novo sentido, no nascimento de qualquer pessoa, surge uma nova vida para o mundo.

É por isso que no Natal cresce em todos a consciência de que todo atentado contra a vida é uma agressão ao próprio Deus.

Para aqueles que Creem, o Natal implica em nascimento em dois níveis: o da comunhão com o evento histórico do nascimento de Jesus e o da decisão atual de renascer, de modo renovado, para a vida nova em Cristo.

Essa vida nova, no contexto de hoje, explode necessariamente na luta por um equilíbrio pessoal nas dimensões da vida humana: a relação harmoniosa consigo mesmo, com os outros, com a natureza e com Deus e, também, do modo incisivo de se engajar na luta pelo direito à vida, à vida digna e de qualidade para todos. 

Desejo a todos um Feliz Natal e que deixem seus corações livres e abertos para aceitar Cristo que está em vocês. Vocês podem não concordar ou entender, mas ele está aí, pronto para nos dar vida.

O verbo se fez um de nós para trazer vida e vida em abundância – Livro de São João Capitulo 1:1-18.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

SERÁ QUE É NECESSÁRIO INTERPRETAR A BÍBLIA?

Ao começar o próprio estudo da hermenêutica, devemos nos perguntar se é realmente necessário interpretar a Bíblia. Algumas pessoas afirmam que não. Alguns acham que a Bíblia já foi escrita numa linguagem pura e simples de entender. Afinal, a Bíblia não é a Palavra de Deus para o povo de Deus? Deus nos mandaria uma mensagem difícil de entender?
Estas mesmas pessoas às vezes dizem “A Bíblia diz o que significa e significa o que diz.” Ou seja, não há necessidade de interpretar a Bíblia porque ela é clara. Segundo este raciocínio a mensagem da Bíblia não precisa ser explicada. Existe até medo de que no próprio processo de interpretar a Bíblia pensamentos humanos poderiam contaminar a mensagem original.
Vale a pena notar que as pessoas que afirmam que a Bíblia não precisa ser interpretada às vezes estão afirmando isso por causa de preocupações sinceras. Vamos examinar três destas preocupações.
  1. Alguns tem a preocupação de que alguém poderia tentar se tornar intermediador oficial da Palavra de Deus.
Uma preocupação que algumas pessoas tem é por causa do medo de que alguém possa tentar se posicionar entre o Cristão e Deus como intermediador na forma de um intérprete oficial. Efetivamente, isto já aconteceu entre certas denominações nos primeiros séculos depois de Cristo. Até hoje, há grupos em que uma interpretação “oficial” é dada por alguns líderes e é esperado que todos os membros aceitem esta interpretação “oficial”.
Segundo esta preocupação, dizer que a Bíblia precisa ser interpretada é praticamente igual a dizer que o homem comum não tem acesso por meio da Bíblia a Deus Pai. Mas este raciocínio teria razão apenas se disséssemos que nenhuma parte da Bíblia poderia ser compreendida sem a ajuda da interpretação. São poucos os interpretes hoje em dia que ousaria tal afirmação.
A verdade é que o que é de mais importante na Bíblia, o evangelho puro e simples, é tão simples que pode ser compreendida por qualquer pessoa com as condições básicas de lógica e raciocínio. O evangelho foi divulgado no começo apenas verbalmente e até hoje continua sendo a mesma história simples e poderosa. Mas, isto não muda o fato de que há partes da Bíblia que são difíceis mesmo de compreender. Nestes casos, sim, precisamos de pessoas treinadas e preparadas para interpretar aquela mensagem.
O próprio apóstolo Pedro afirma isto em relação às cartas do apóstolo Paulo quando ele diz, falando de Paulo: “… como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas cousas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam…” (2 Pedro 3:15b – 16 ARA).
Aqui vemos Pedro afirmando três verdades importantes:
  1. Nem tudo nas cartas de Paulo era complicado, mas –
  2. Há certas coisas “difíceis de entender” nas cartas dele.
  3. Sempre existe a possibilidade de alguém “deturpar” a Palavra de Deus (ou seja, corromper ou perverter). Se a Palavra de Deus fosse inteiramente simples e clara para compreender, jamais seria possível alguém deturpá-la.
Se o próprio apóstolo Pedro, com todo seu conhecimento e experiência, poderia dizer que havia coisas nas cartas de Paulo que até ele admitia serem difíceis de entender, então é para ser esperado que um Cristão leigo e sem treinamento hoje teria também dificuldade em entender estas e outras coisas. Devemos lembrar aqui, que Pedro, diferente de nós hoje, não tinha que lidar com as mesmas diferenças de cultura ou língua quando ele lia as cartas de Paulo.
Estas barreiras que dificultam a compreensão de qualquer obra escrita são enfrentadas por todo Cristão que lê a Bíblia hoje em dia. Se o apóstolo Pedro tinha dificuldade em entender Paulo quando falava numa língua conhecida por ele, na sua própria cultura nativa, quanto mais difícil será para um Cristão dois mil anos depois numa outra língua e cultura muito distante daquela?
Também, devemos lembrar que sempre que um evangelista, missionário ou pastor prega uma mensagem para a igreja, ele já passou por um processo de interpretar a mensagem de Deus para daí formular o conteúdo da sua pregação. A única maneira de evitar qualquer interpretação seria se o pregador apenas lesse alguma passagem sem comentários. Na verdade, nem isso seria totalmente sem interpretação, porque o próprio ato da ênfase verbal é passível, por mais sutil que seja, de uma forma de interpretação.
Lendo a seguinte frase do Salmo 23 com a ênfase nas palavras em itálica podemos notar uma diferença de interpretação devido esta ênfase.
            – O Senhor é o meu pastor e nada me faltará.
            – O Senhor é o meu pastor e nada me faltará.
            – O Senhor é o meu pastor e nada me faltará
Também, lembramos que, mesmo lendo o texto com o mínimo de ênfase nosso pregador ainda não escaparia do processo de interpretação desde que ele esteja lendo uma versão da Bíblia que fora uma tradução. Vamos examinar isto em mais detalhes um pouco mais adiante, mas é válido notar aqui, que toda e qualquer tradução passou por um processo de interpretação por parte dos tradutores e portanto aquele que lê a Bíblia fora o hebraico e grego original, quer queira, quer não, está sujeito àquele processo de interpretação.
Exemplos de traduções infelizes:
1 Cor 6:10:
NVI
“nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus.”
ARA
nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus.”
Heb 13:17
NVI
Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles….
ARA
Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles;…
(A palavra traduzida “autoridade” na NVI não consta no original.)
Podemos ver como as traduções necessariamente interpretam a Palavra e podem levar os leitores a uma conclusão equivocada. Não podemos deixar de usar traduções. Mas, não devemos confiar em nenhuma tradução como completamente perfeita. É por isso que há necessidade de quem interpreta a Palavra. É por isso que é necessário reconhecer que, mesmo usando apenas a Bíblia, estamos sendo influenciado por decisões de interpretação, pois toda tradução é o fruto do processo de interpretação. Então, não há como escapar da necessidade de interpretação.
Sendo assim, é melhor o Cristão se preparar para lidar com a necessidade de interpretação. Podemos concluir também que, apesar de haver a necessidade de interpretação, não precisamos e nem devemos admitir que alguém se torne o intérprete oficial. A melhor proteção contra isso é o Cristão se preparando para examinar e confirmar as traduções e interpretações que ele certamente vai ouvir. Sendo assim, como os Bereanos que vamos avaliar tudo que ouvimos e verificar se o ensino e a doutrina que estamos recebendo é de fato a plena verdade de Deus.
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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

É difícil resolver o problema dos outros.

É chegado mais um ano. 2018 está vindo com toda força, querendo nos trazer, paz, saúde e muita felicidade, um novo ciclo.

Entre o natal e a virada de ano, eu costumo realizar as minhas lições aprendidas. O que de fato eu aprendi com o ano que se passou e o que posso fazer para melhorar no próximo ano.

Neste momento, eu sempre me apoio na retrospectiva de tudo o que me aconteceu, o que eu achei importante e em Jesus Cristo, através de sua palavra.

Faz um certo tempo que meu coração me fala sobre como fazer as pessoas me entenderem, como eu poderia fazer com elas pensassem da mesma maneira que eu, como eu poderia ajudar as pessoas a crescer, como eu poderia resolver o problema delas?

Pois, sendo eu, empresário, tenho em mente que, se meu pessoal ou as pessoas que estiverem a minha volta crescerem, eu também cresço e consequentemente a empresa cresce, pois todos no mesmo foco e união, os problemas ficam mais fáceis de se resolver no dia a dia. Mas, passam-se os dias e eu fico cada vez mais frustrado, pois não consigo alcançar algumas pessoas.

Então, num determinado momento de minha meditação, eu me lembrei de um artigo que tinha lido na internet (https://thoughtcatalog.com) e lendo a Bíblia, Jesus, colocou em meu coração a palavra que está no Livro de São Marcos, Capítulo 12 verso 31. Jesus afirma: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo...”

Mas o que de fato é: “amar ao Próximo como a ti mesmo? ”

Sobre o Texto: “a Ti mesmo...” Não se tem muito o que saber, basta entendermos que todo o amor ao próximo que damos, gostaríamos de recebe-lo na mesma medida (proporção). Mas, devemos nos amar primeiramente para depois podermos amar ao próximo. O sentimento de satisfação que temos ao ajudar o outro é realmente muito gratificante. Nos sentimos interiormente numa grande paz e o sorriso das pessoas ao nosso redor cria uma nuvem de positividade da qual nunca queremos nos afastar. Isto remete ao receber em troca, o amar a si mesmo.

Mas e quanto ao Amar? Bem, me aprofundando no texto em uma pequena exegese bíblica, encontro que para a palavra “Amarás”, do texto bíblico, o termo grego: αγαπαω agapao, talvez de agan (muito), trata de ter um enorme respeito com as pessoas, de recebe-las com alegria, acolher, gostar muito, de amar eternamente e com respeito as coisas, estar satisfeito.
Mais a fundo, encontro a relação com outra forma de amor, o Phileo: φιλεω phileo, que São Paulo cita muito forte nas escrituras, que é aquele que ama, aceita, gosta, trata carinhosamente ou cuidadosamente, que gosta de fazer tudo e nada quer em troca. Este amor, está mais relacionado com Deus, pois ele tem o maior poder para fazer isto, o ser humano ainda está aprendendo a usar o amor Phileo.

Enfim, gostamos de respeitar o outro, ajudá-lo, tentar ser seu amigo, talvez até resolver algum de seus problemas. Mas, começo a chegar a algumas conclusões. Tentar resolver os problemas dos outros pode causar muitos transtornos e ainda impedir o crescimento de quem você ama. Vejamos como cheguei a isto:

As pessoas não são iguais a min, são diferentes.
Toda vez que começo a pensar “a vida desta pessoa seria muito melhor se…”, eu lembro que essa é a vida dela e não a minha. Por mais que eu queira ajudar, a perspectiva dela sobre o mundo é diferente da minha e projetar expectativas sobre o outro não vai me ajudar nem um pouco.

Não posso resolver o problema de pessoas que não querem ter seus problemas resolvidos. 
Existem pessoas que, literalmente, cultivam seus problemas e se apegam a eles de tal maneira que já não conseguem mais se ver sem aquele algo sobre o qual se lamentar. Quanto a mim… bem, eu não posso mudar ninguém. A única coisa que eu posso fazer é compreender, aceitar e amar essa pessoa do jeito que ela é. 

Tentar “resgatar” alguém pode te fazer ir para o fundo. 
E a partir do momento que eu afundar em problemas que não são meus, eu os transformo em meus também. A gente se envolve com tanta profundidade que passa a viver em função da vida do outro, esquecendo-se de si mesmo (Amar...como a ti mesmo). Resultado? Ninguém ajuda ninguém! 

Potencial significa “poder”, não “querer”. 
Não é porque achamos incrível a maneira como determinada pessoa se expressa que vamos tentar convencê-la de que está na profissão errada. Ou então que deveria fazer um intercâmbio. Ou que poderia abrir um novo negócio. Existe uma teoria básica da Administração ao qual sugere que devemos sempre observar os nossos colaboradores para ver no que eles se encaixam melhor dentro de uma empresa. Esta pessoa pode ser muito boa em números, mas está entregando material no almoxarifado. Se pudermos realoca-la ótimo. Mas temos que ter o maior cuidado. Não é porque esta pessoa é muito inteligente que precisamos ter a “obrigação de amigo” de informá-la que ela simplesmente não pode cursar uma graduação tão simples ou abandonar o mestrado ou deixar a presidência de uma grande empresa. Mais uma vez: a vida não é nossa. Portanto, não posso cuidar dela! 

Ajudar não significa resolver. 
Podemos ajudar um amigo (a), companheiro (a) ou familiar com uma boa conversa, demonstrando como somos gratos por sua companhia, convidando-o para almoçar e até dizendo o quão especial ele (a) é na nossa vida. O que eu não posso é me sentir na obrigação de tomar as rédeas da vida da pessoa e organizá-la sozinho; mesmo que ela queira, mesmo que ela peça, mesmo que ela implore. 
Com essa atitude eu só irei desestimulá-la a acreditar no seu próprio potencial e vou torná-la dependente de mim para sempre. Se eu desejo isto creio que está na hora de procurar um psicólogo – isso pode ser carência! 

Eu não preciso que o outro seja feliz para eu ser feliz! 
Parece simples, mas pode ser que o meu desespero para ajudar as pessoas seja reflexo do depósito de expectativas que eu coloco sobre ela. Eu tenho que me lembrar: Eu não preciso que o outro seja feliz para eu ser feliz! 
É claro que compartilhar alegrias é uma forma maravilhosa de viver nossas relações, mas como já sabemos, felicidade não vem de fora: ela parte de dentro de nós. Se a pessoa a quem eu quero ajudar não consegue ser feliz, isso é um problema dela, não meu. 
Por mais que doa ler isso, devemos respirar fundo, olhar para dentro e simplesmente sorrir sinceramente para nós mesmos. (Insisto no: Amar ao próximo como a si mesmo). Se nós formos capazes disto, seremos capazes de inspirar quem a gente ama a ser feliz como nós, e isso vale muito mais do que servir de muleta aos outros. 

Cuidar de si mesmo ajuda mais do que você imagina! 
Cuidar de si mesmo exige tempo e dedicação. Podemos até subir na linha do egoísmo. Não adianta varrermos os nossos próprios problemas para debaixo do tapete e correr na casa de alguém para lhe dar conselhos. Esta hipocrisia só vai nos fazer adoecer, o nosso amigo e à nossa relação. 
Sejamos sinceros, vamos encarar as nossas dificuldades, olhar para o nosso interior e, quando tudo estiver em harmonia (não necessariamente perfeito), a nossa energia positiva será o suficiente para inspirar todos ao nosso redor. 

Problemas não são necessariamente coisas ruins. 
Eles nos ajudam a crescer e a entender que a vida não é um mar de rosas. É preciso ter o discernimento para perceber que coisas ruins acontecem e que ninguém é obrigado a ser feliz o tempo inteiro. 
A partir do momento que entendermos isso, percebemos que as dificuldades precisam acontecer para que nós amadureçamos e aprendamos a desapegar: afinal de contas, ao contrário do que a nossa sociedade consumista prega, nada é para sempre. Tem um ditado muito interessante que fala: “
Nascemos sem trazer nada, morremos sem levar nada. E no meio disto, brigamos por algo que não trouxemos e não levaremos”. Precisamos encarar com outra ótica os problemas que nos acontecem.

Não podemos mudar as pessoas, apenas amá-las. 
Vamos nos lembrar: “Amar ao próximo...”. Aceite isso. Consequentemente, não podemos mudar as pessoas, nem resolver seus problemas, muito menos julgar o que é bom ou não para elas. Elas mesmo vão se adaptar a nós ou ao nosso meio social, intelectual e outros. Podemos apenas direcioná-las, contar um pouco da nossa experiência, tentar ensinar o que é certo ou errado. Mas lembrando que o que pode ser certo para a minha pessoa, não necessariamente é certo para aquela pessoa. Devemos ajudar apenas se formos cogitados e mesmo assim, devemos agir com a maior cautela.
Se nos lembrarmos do ditado popular “cada macaco no seu galho”, podemos pensar apenas em dar uma passadinha no galho do colega para doar um pouquinho do nosso amor e voltar logo para o nosso próprio para não quebrar o de ninguém e acabar estrebuchado no chão!


Christo Nihil Praeponere.
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